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Aramis

No campo de batalha

O casal 20 da arte fotográfica no Paraná continua a subir. Enquanto Orlando Azevedo recebe cumprimentos do Brasil e Exterior pela qualidade de suas fotos no livro sobre Foz do Iguaçu, editado pelo Bamerindus, sua esposa Vilma Slomp também se destaca nas imagens. Foi a única paranaense convidada para a exposição "Mulheres Fotógrafas/Anos 80", organizada pelo Instituto Nacional de Fotografia da Funarte que inaugurou terça-feira, no Rio de Janeiro. xxx Vilma participa com o ensaio "Erógeno" e uma de suas fotos foi escolhida para o convite da exposição. O Infoto vai editar uma coleção das fotos em exposição em forma de cartões postais, divulgando assim trabalhos das mulheres que se destacam nas imagens - por trás das câmaras. Aliás, a exposição dividiu-as em dois grupos. No de Vilma, estão América Cupello, Ana Valadares, Angela Moraes, Christina Isabel Schidknecht, Dulce Soares, Ella Durst, Fátima Zahler, Gloria Ferreira, Iêda Marques, Jacqueline Joner, Malu Dabus, Marcia Ramalho, Raquel Fonseca, Regina Martins, Rochele Costi e Vera Sayão. xxx Outro destaque paranaense: o arquiteto Key Imaguire Jr., um dos maiores especialistas em quadrinhos, é entusiasta da chamada mail art e teve trabalhos incluídos na mostra de arte postal "O Mistério da Mosca" (sala de pedra da Fundação Cultural de Curitiba, até o dia 30). A chamada "Mail art" nasceu em 1963, quando Roy Johnson criou o "New York Correspondence School of Art". xxx Zito Alves, felpuda raposa dos meios da exibição, dono da única empresa especializada em manutenção de cabines cinematográficas no Paraná, se emocionou com "Doces Ecos do Passado" (cine Ritz, hoje último dia em exibição) que conta a história de uma jovem pianista (Céleste Beaumont), dos tempos do cinema mudo numa pequena cidade do Interior do Canadá. Céleste mostra, ao ser contratado pot Mr. Litwin, dono do cinema, uma composição própria - "You Don't Kill a Piano Player" que, depois se tornaria um sucesso. Zito, com sua memória de Matusalém, lembra que esta frase-título se inspirou numa piada antiga que relatava um fato ocorrido no Texas. Numa pequena cidade daquele Estado, em 1910, quando era exibido um faroeste, no momento em que o bandido iria alvejar o mocinho, um espectador entusiasmado, preocupado com a "morte" do herói, sacou o seu revólver e atirou no bandido que via na tela. Quem levou a bala foi o pianista. Desde então, diz a lenda, se colocava nos tempos do cinema mudo, em cima do piano, um cartaz com a frase POR FAVOR: NÃO ATIREM NO PIANISTA. xxx Em Irati, no cine Central, que o histórico João Vasilewski, já falecido, manteve por quase 60 anos (foi o exibidor que por mais tempo permaneceu com um cinema), também teria ocorrido um fato semelhante na década de 30. Um caboclo entrou no cinema pela primeira vez e quando viu que o xerife estava cercado de índios, não teve dúvidas: sacou de sua arma e descarregou na tela. Dizem os velhos iratienses, que Vasilewski teve que comprar uma tela nova. LEGENDA FOTO - Vilma Slomp: fotos em mostra nacional.
Texto de Aramis Millarch, publicado originalmente em:
Estado do Paraná
Almanaque
Tablóide
3
18/10/1989

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