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Aramis

Noite cheia de estrelas na III premiação da Sharp

Dizer que nunca se viu tantos nomes da música brasileira por metro quadrado como os que lotaram o amplo auditório D. Pedro I, nome oficial do Centro de Convenções do Hotel Nacional na noite de quarta-feira, não seria exagero. Pois entre os quase 3 mil convidados do grupo Machline para a festa de entrega do 3º Prêmio Sharp de Música estava, naturalmente, uma excelente representatividade de nossa música popular - entremeadas de stars da televisão - atores, atrizes, diretores, produtores, personalidades da vida social, etc. Com toda razão, José Maurício Machline, o grande idealizador e diretor geral do projeto, exibia o seu maior sorriso: em três anos consecutivos o Prêmio Sharp de Música conquistou uma credibilidade que o faz hoje a grande premiação na música brasileira, em todos os seus segmentos. Compará-lo ao Grammy - o Oscar da indústria fonográfica americana, criado em 1958 e que só nos últimos 4 anos passou a ser transmitido, via satélite no Brasil, é perfeitamente válido. Com uma vantagem: a promoção é totalmente independente de qualquer vínculo com gravadoras ou grupos artísticos, através de um conselho diretor presidido pelo crítico (e ex-ministro) Mário Henrique Simonsen, e cujo corpo de jurados, este ano com 20 integrantes, nos orgulhamos de integrar desde 1988 a convite de José Maurício Machline. Neste ano, houve algumas ausências dos premiados - mas a maioria dos indicados, sentados nas primeiras filas, aguardavam com expectativa os momentos em que Chico Anysio - o bem humorado e corretíssimo mestre de cerimônias, ao lado da bela Lúcia Veríssimo, e com auxílio de Paoletti, anunciavam os vencedores - entremeados do emotivo espetáculo em homenagem a Maysa, a grande memória desta edição - que no ano passado, na festa realizada no Golden Room do Copacabana Palace, homenageou Dorival Caymmi e, em 1988, a Vinícius de Moraes (1913-1980). A homenagem a Maysa não poderia ser mais bela: intérpretes diversos lembraram seus maiores sucessos, a atriz Irene Ravache disse seus textos e imagens inéditas de sua vida familiar e artística - começando por "Chão de Estrelas" e terminando com "Je Ne Quitte Pas" - encantaram no roteiro dirigido por José Possi - e cujo registro, justifica comentário mais longo em nossa próxima coluna.
Texto de Aramis Millarch, publicado originalmente em:
Estado do Paraná
Almanaque
Tablóide
2
19/08/1990

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