O canto de Edgardo chegou em lp
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 06 de julho de 1984
Edgardo Silva Fernandes, uruguaio de Montevideu, mas brasileiro de coração, está comemorando quatro fatos importantes, este mês: seus 49 anos de idade, 25 de Brasilia e 15 de Curitiba, mais o lançamento de seu aguardado e sonhado elepê ("El Ultimo Café", Vox Audi, junho/1984).
Quem frequenta a noite curitibana de certo conhece Edgardo, uma das pessoas mais cativantes de nosso pequeno mundo artístico. Sua voz romantica, um repertório imenso de targos e boleros, já embalou muitos romances em quase todos os bares e restaurantes da cidade que prestigiam nossos artistas, Especialmente no "Tango e Boleros"e, nos últimos meses, no "Status", em Santa Felicidade, Edgardo é atração com suas interpretações de "Cristal", "Mi Montevideo", "Percal", "Mia", "Suenos de juventude", "Yo lo comprendo" e tanta outras canções romanticas, agora gravada num elepê bem produzido, que o milionário Reinaldo Camargo decidiu bancar. Os arranjos são de Rolando Gavioli, um dos raros executores de bandoneon, entre nós, e o maestro Fernado Montanari está nos teclados, Boldrini e Mário Natal revezam-se no baixo e Maurici e Tico-Tico atuaram na bateria e percussão.
Edgardo é um cantor sobretudo romantico. Sua voz tem suavidade e seu repertório é eclético, bem ao gosto do público que sempre o aplaudiu ao vivo e que agora tem chance de preservar em disco suas interpretações.
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