Sá & Guarabira, o country no Guaíra
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 15 de março de 1986
Cearense de Fortaleza mas curitibano há mais de 20 anos, Avelar Amorim deixou de ser apenas um empresário de circuitos de clubes e churrascarias para se lançar a grandes contratações. Já bancou temporadas de superestars como Roberto Carlos e Elba Ramalho e hoje sua empresa de produções e promoções artísticas tem conceito nacional - o que é difícil num campo movediço e repleto de picaretas e desonestos.
Neste fim de semana, Avelar Amorim promove apresentações da dupla Sá & Guarabira no Teatro Guaíra (auditório Bento Munhoz da Rocha, hoje, 21 horas).
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Do programa de 20 músicas duas tem outros autores que não a dupla: "Espanhola", de Guarabira em parceria com Flávio Venturine e "Caçador de Mim", de Sá e Sergio Magrão. As demais são destes dois compositores e intérpretes, juntos na estrada há 12 anos. Luis Carlos (Pereira) de Sá, carioca, 41 anos, compositor desde os 17 anos, formou-se em Direito, exerceu o jornalismo no extinto "Correio da Manhã" e, em 1970 formou com Zé Rodrix e Guttenberg (Nery) Guarabira (Filho), baiano da Barra, 39 anos, um trio que desde o início se voltou a um country nacional.
Em 1973, Rodrix deixou o grupo, enquanto Sá e Guarabira continuaram a compor e se apresentarem juntos - mas lançando-se também como jinglistas e acabando donos de um moderno estúdio de som em São Paulo.
Acumularam muitos sucessos, com canções ternas e comunicativas - e como jinglistas faturaram muito. Em 1972, inclusive, Luis Carlos Sá foi premiado pelo jingle "Só tem amor quem tem amor pra dar", para a Pepsi-Cola. Este ano, a dupla voltou as paradas de sucesso com o "ABC de Rock Santeiro", que chegou até ter um plágio político por parte de Natinho, baiano radicado no Paraná, para a campanha de Roberto Requião à Prefeitura de Curitiba.
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