Artigos por data (1992 - Fevereiro)
Roxo collorido motiva as duas marchas satíricas do Carnaval
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 01 de março de 1992
Apenas duas músicas do Carnaval deste ano - uma delas, sem condições técnicas de obter divulgação já que o disco passou a ser distribuído apenas há uma semana - fazem uma abordagem satírica em torno do presidente Collor. E, afinal satirizar os donos do poder sempre foi a ferroada preferida dos grandes autores de nosso Carnaval desde os tempos de Chiquinha Gonzaga.
Antonina faz Carnaval exemplar e Curitiba se esquece de Soledade
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 01 de março de 1992
Antonina quer provar que faz o melhor carnaval do Paraná.
Há 30 anos, 500 marchas e sambas faziam o Carnaval
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 01 de março de 1992
Observando - se algumas músicas do Carnaval de 1962, nota-se que aquele ano refletia as grandes temáticas que sempre marcaram a criação popular. Assim havia marchinhas satirizando fatos políticos, filmes - "O Belo Antonio" (J. Mascarenhas/ Moacir Vieira e Luis Januzzi) - aproveitando o sucesso do filme de Mauro Bolognini, a moda ("Garota Saint-Tropez", João de Barro e Jota Júnior) ou a liberação feminina, mas vista ainda preconceituosamente: "Andorinha" (Haroldo Lobo/ Milton de Oliveira), até hoje cantada nos salões em seu refrão:
Mulher casada/ que anda sozinha
As solitárias 7 canções novas do Carnaval de 92
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 01 de março de 1992
Com exceção dos sambas-de-enredo das escolas que no Rio de Janeiro conseguem, no grupo especial, gravações que atingem boa vendagem junto especialmente aos turistas - o Carnaval-92 apresenta apenas sete músicas feitas especialmente para [este] ano.
Considerando-se uma média entre 200 a 300 marchinhas, sambas e marcha-ranchos que durante mais de 50 anos marcavam, a cada ano, a maior festa popular do Brasil, não deixa de ser uma prova definitiva de que em termos musicais o Carnaval está no último estágio da UTI sonora.
O eco-enredo da Unidos do Botão
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 01 de março de 1992
A Ex-Cola de Samba Unidos do Botão, que pela segunda vez participa alternativamente do Carnaval curitibano, já desfilou no sábado na Avenida Luiz Xavier. Com sete minicarros alegóricos - um dos quais foi, até agora, a única mostra de que os escândalos do Ministério da Saúde refletiram no Carnaval ("Saúde Segundo Alceni") a original agremiação fundada e presidida por Hélio Leites tem um belo samba-de-enredo, de autoria de Carlos Careqa, Rodrigo Homem e do próprio Hélio Leites.
Um revival para Raul Seixas
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 01 de março de 1992
Transcorridos menos de três anos da morte de Raul Seixas (Salvador, 21-8-89/São Paulo, 28/6/45), a obra deste compositor-intérprete tem uma justa reavaliação. Além da edição de um show feito numa praia paulista e seu último parceiro, o baiano Marcelo, praticamente ter lhe dedicado o seu último álbum a Sony Music lançou agora "O início, o fim e o meio", carinhosa produção de Liber Gadelha, reunindo diferentes intérpretes da recriação de suas músicas mais marcantes.
Sempre heróico John Wayne em "El Dorado" e "Chisum"
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 01 de março de 1992
Nenhum ator personificou melhor a imagem do herói do oeste do que John Wayne (Marion Michael Morrison, 26/5/1907-16-6-1979). Ex-jogador de ruby em seus tempos universitários, chegou ao cinema com stunt-man privilegiado pelo seu físico. Foi Raoul Walsh que lhe deu sua primeira chance de aparecer como ator em "Salute" (1929), mas seria o seu maior amigo, John Ford (1895-1973) que lhe daria o primeiro papel principal - no clássico "No Tempo das Deligências" (Stagecoach, 1939).
Uma comédia familiar de Nimoy e saga americana
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 01 de março de 1992
Leonard Nimoy ficou conhecido como o vensuaiano "Spock", personagem orelhudo da série "Jornada nas estrelas" desde os tempos da televisão. Só que Nimoy não se restringiu a interpretar aquele personagem que lhe deu fama e ajudou a fazer sua fortuna. Dirigiu dois filmes da série de longa-metragens - os capítulos três e quatro - e mostrou ser um excelente diretor de comédias ao fazer a versão americana de "Três Solteirões e um Bebê", inspirado no êxito cinematográfico de Corine Collet.