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Ariel Coelho

Para todos os gostos nesta Santa Semana

Poucas semanas poderiam ser tão atraentes em termos de cinema. Praticamente há opções para todos os gostos e como a partir de hoje se inicia um longo fim de semana, os cinemas deverão ter excelentes rendas. De princípio, "Bye Bye Brasil", de Cacá Diégues, um dos mais importantes filmes já realizados em nosso País e merecerá uma segunda semana no Rivoli, num programa indispensável a quem sabe valorizar os bons filmes aqui realizados. Em 3 longos textos falamos a respeito e, havendo oportunidade, voltaremos ao assunto.

Drácula volta a atacar (sexta-feira no Guaíra)

Antecipando-se à estréia da adaptação que Ruben Ewald Filho fez da noela de Bram Stocker para a Rede Tupi de Televisão - transpondo para uma pequena cidade brasileira a assustadora (hoje nem tanto) figura do vampiro da Transilvânia, e mesmo ao lançamento de "Nosferatu", refilmagem que Werner Herzog fez há 2 anos do clássico em 1922, estréia no Guaíra, no apropriado horário da meia-noite, na próxima sexta-feira, dia 25, "Drácula", texto de Eddy Antônio Franciosi, direção de Antônio Carlos Kraide, que também está arcando com a produção, num risco grande: em cenários, fgurinos, elenco e adere

O vampiro que resistiu ao tempo e ao mundo (III)

O início de "Drácula" (auditório Salvador de Ferrante) tem um impacto imenso: abre-se a cortina e o conde (Ariel Coelho) está no órgão executando uma peça de Bach, enquanto relâmpagos e chuvas são vistos pelas janelas. Aproxima-se a arrumadeira (Gina Pigozzi, uma estreante de muita beleza) que, sem falar uma única palavra, fica estarrecida frente ao vampiro. Este lhe despe a parte superior e lhe crava os dentes no pescoço na melhor tradição vampiresca. Em seguida, apanha-a nos braços e sobe a escada do castelo.

Curitiba, segundo Kraide

"Mostre-me os bares de uma cidade, que eu te direi quem é o povo que nela vive". Partindo deste raciocínio, Antônio Carlos Kraide, 32 anos, 10 de teatro, decidiu montar um espetáculo, de criação coletiva, capaz de traduzir muito do espirito curitibano sua gente, seus costumes e seu folclore. Após 5 meses de discussões, bate-papos, ensaios e muito trabalho, "Curitiba Velha de Guerra" está pronta para estrear (ginásio do SESI; Avenida Cândido de Abreu, 1o a 10 de dezembro). xxx

Auto de Natal

Depois de estrear na Penitenciária de Piraquara, o Grupo de Teatro "Nós" formando por moradores de vários bairros de Curitiba, levará ao público a peça de autoria de Roberto Martins, o "Auto de Nascimento da Criança", cuja temática se desenvolve em torno do nascimento de Cristo de forma bastante atualizada, discutindo inclusive certas disposições históricas e procurando fugir dos chavões natalino que se repetem a cada ano e a cada montagem de atos de Natal.

No palco

Constantino Viaro, advogado, homem há muitos anos ligado à arte e cultura (afinal, filho do pintor Guido, cresceu em ambiente dos mais propícios), representa dentro do município um dos poucos sólidos pontos de apoio que o prefeito Jaime Lerner tem para manter boas relações na área. E mesmo com prejuízos, Viaro voltou a dirigir a Fundação Cultural, onde, graças ao seu bom senso e competência, muitos desperdícios têm sido evitados, embora, infelizmente, muitas coisas erradas não possa evitar.

Rosa, Estrelas e o terrir nas estréias

Algumas estréias importantes quebram, afinal, a mesmice cinematográfica das últimas semanas - além de um oportuno festival de filmes brasileiros inspirados em peças do teatro nacional. De longe, a melhor estréia é "O Nome da Rosa" (Palace Itália/Itália), de Jean Jacques Annaud - que pode desagradar aos que leram o livro (190 mil exemplares vendidos no Brasil, editora Nova Fronteira) e pretendiam uma enfadonha transcrição. Entretanto, como cinema, este filme inspirado no best-seller do semiólogo italiano Umberto Eco é obra vigorosa e merecedora da maior atenção.

Observatório

Para os gastrônomos: inaugurado na Avenida João Gualberto, próximo ao Hospital São Lucas, o primeiro restaurante especializado em cozinha afro-brasileira. O proprietário contratou um mestre-cuca baiano, que, para evitar baixo astral no casarão (já que o imóvel onde funciona, já foi sede de muitas experiências desde o falido "Senhor Clube" até um escritório de arquitetura", antes de pensar nos ingredientes da cozinha, fez um bom trabalho de candomblé, para garantir o sucesso do novo restaurante.

Tribobó City

O Curso Permanente de Teatro mantido pelo Guaíra anualmente monta uma peça como prova pública de seus alunos. Geralmente são textos difíceis, para uma única apresentação - restrita ao pequeno círculo de interessados, com uma banca julgadora formada pelos próprios professores.

Teatro Infantil

O sucesso do Encontro de Teatro Infantil, promovido pela Fundação Teatro Guaíra, veio provar - como se necessário fosse - que nos dias atuais, mais do que nunca, é necessário oferecer-se a crianças bons programas de lazer. O teatro infantil é uma das formas mais importantes de educar a nova geração, despertando-a para a beleza dos bons espetáculos. Como há anos já dizia o advogado Otavio Ferreira do Amaral Neto, então superintendente da Fundação Teatro Guaíra: de nada adiantará Curitiba ter o maior auditório do Brasil se não existir um público interessado para lotá-lo.
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