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Hector Babenco

O filme que quase acertou na milhar

Ironicamente, as três maiores paixões do brasileiro não têm merecido uma transposição visual, no cinema, à altura daquilo que desperta em mais de 100 milhões de pessoas: o futebol, o carnaval e o jogo do bicho. Curiosa esta pobreza filmográfica em torno de temas tão arraigados da cultura popular, capazes de exercitar o imaginário e integrarem-se àquilo que chega às camadas mais simples da população.

A melhor safra do cinema brasileiro vai a Gramado

Fernanda Torres em 1986 com "Eu Sei Que Vou Te Amar": melhor atriz em Cannes. A paraibana Marcelia Cartaxo, também em 1986, em Berlim: melhor atriz por "A Hora Da Estrela". Ana Beatriz Nogueira em Berlim, 1987, melhor atriz por "Vera". As atrizes brasileiras jovens estão em alta. Desconhecidas ontem, famosas hoje, internacionais amanhã. E não apenas por quinze minutos, como dizia há anos, com ironia, o recém-falecido Andy Warhol.

As ternas imagens da ingênua Maria

Ao contrário de Andrei Tarkovsky, o premiado diretor de "O Sacrifício" (Palma de Ouro, Cannes-86; breve lançamento em Curitiba e já à disposição em vídeo), Andrei Konchalovsky não chega a ser um cineasta russo dissidente. Tarkovsky, diretor de filmes tão notáveis como herméticos ("Solaris", "Andre Ralov") morreu praticamente no exílio, em Paris, a 29 de dezembro último. Konchalovsky vive nos Estados Unidos, tendo encontrado nos mais ativos produtores desta década - Menahem Golan e Yoram Globus - condições de realizar filmes de grandes orçamentos.

Apenas uma estréia numa semana de muitos filmes

Apenas uma estréia nesta semana, mas nem por isto a programação deixa de estar atraente. Além dos muitos bons filmes em cartaz há também reprises indispensáveis, especialmente "Era Uma Vez na América", de Sérgio Leone (Cine Luz, 14 e 20 horas) - integrada à trilogia "Era Uma Vez a Aventura", desta vez um grande painel americano. A propósito, o jornalista Roberto Salomão, chefe-de-reportagem de O Estado, faz uma apreciação a respeito nesta mesma página.

Um novo mercado que abre com o cinema em sua casa

Definitivamente consolidado no Brasil, o vídeo-tape trouxe um novo tipo de consumidor cinematográfico: aquele que sem deixar o conforto doméstico recorre às locadoras para assistir aos filmes do momento. Isto porque embora o acervo de muitas locadoras ultrapasse 2 ou 3 mil títulos, 80% dos interessados concentra-se apenas na produção mais recente, muitas das quais lançadas - em cópias seladas ou (principalmente) pirateadas - simultaneamente à exibição dos filmes nos circuitos comerciais.

A aranha que agora todos querem beijar

Curitiba, entardecer de 4 de outubro de 1983. Cenário: uma livraria no Shopping Center Mueller. Personagens: o escritor Manuel Puig, o engenheiro Marcelo Marchioro e a jornalista Celina Alvatti. Situação: constrangimento. Interrompendo seu trabalho em São Paulo, onde desenvolvia com Leonard Schrader a adaptação de "O Beijo da Mulher Amada" para a tela, Puig havia concordado em vir a Curitiba para autografar seu último livro ("Maldição Eterna...

E o Brasil entrou na festa!

Para que negar? A torcida será por "O Beijo da Mulher Aranha", amanhã à noite, na festa de entrega do Oscar, no Dorothy Chandler Pavillion, em Los Angeles - um superespetáculo que se repete a cada ano, com todo o luxo e efeitos especiais que uma festa dessa dimensão tem direito. E com uma audiência mundial, o que valoriza cada vez mais esta festa do cinema, sempre no fim de março ou primeiros dias de abril.

Estão chegando os filmes indicados ao Oscar

Se há poucas estréias a serem verificadas nesta semana - e muitos filmes que prosseguem em exibição e outros que retornam ao cartaz - as perspectivas para os próximos dias são excelentes. Afinal, no próximo dia 26, será a mágica e iluminada noite do Oscar e as distribuidoras estão lançando os filmes que obtiveram "nominations" para o dourado e cobiçado troféu da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood (ver matéria especial, suplemento CLÁUDIO, nesta edição).
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