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O Sonho

O eruditor-popular de Gismonti e a grande ternura de Johnny Alf.

"Se Vinícius de Moraes existe tudo é permitido". (Nelson Rodrigues) Se não fosse um dos três maiores poetas deste País, excelente compositor e grande amigo, Vinícius de Moraes já estaria na história de nossa MPB pôr um fato: o de ter libertado o compositor da necessidade de boa voz para poder interpretar suas canções. Há dois anos, ao longo de um Shevas o Regal, o poetinha confessava: "Eu comecei a cantar somente para dar as minhas músicas a interpretação que eu achava que elas mereciam. Só por isso..."

Teatro

Dentro da válida abertura para o campo da música popular que, em momento iluminado, o maestro Isaac Karabitchevsky propôs para o VII Festival de Música de Curitiba, sem dúvida o nome mais importante que veio à nossa cidade é o de Dory Caymmi, já que em que pese o indiscutível valor de Egberto Gismonti, o autor de "O Sonho" é um músico de formação erudita e que embora tenha feito 3 lps aparentemente buscando uma comunicação mais popular, nunca deixou de ser o criador sofisticado, elitista - num isolamento que, segundo informações não confirmadas, se transmite a dificuldades de relacionamento

Musicalidade de Egberto

Egberto Gismonti, 28 anos, que hoje a noite faz um dos mais importantes concertos dos múltiplos acontecimentos musicais ocorridos durante o Festival, sacrificou seu descanso de sábado à tarde para, democraticamente, "fazer um som" com os 25 jovens que estão assistindo suas aulas no colégio Tuiuti. O autor de "O Sonho", ao assumir a turma deu um ultimatum: só iria ensinar para quem estivesse realmente ligado na música e assim dos 60 alunos que haviam iniciado o curso, com Dory Caymmi, restaram apenas 25, "mas maravilhosos, todos realmente musicais".
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