A Argentina de Hugo é revisitada no palco
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 11 de abril de 1987
Hugo Mengarelli pode ser definido de várias formas: professor, cineasta, dramaturgo, diretor de teatro, etc. Mas antes de tudo é um inquieto em criação que, há 11 anos em Curitiba, já realizou mais de 30 filmes, entre didáticos (para o Centro de Ensino Tecnológico Federal do Paraná), publicitários e curtas e meia-metragens, como "O Mágico" e "A Roça", este concluído no ano passado.
Nos últimos anos, Mengarelli tem se voltado ao teatro: de um texto primitivo da bela Isabella Zanchi, fez um espetáculo criativo ("Sopra As Velas Para Que A Chama Não Se Apague") e colocou numa peça aparentemente infantil ("Vou Te Contar Como É Lá Em Casa"), idéias polêmicas. Entretanto, seu projeto dramatúrgico mais pessoal vem sendo desenvolvido há mais de três anos, refletindo sua vivência na Argentina e o próprio desenrolar da política naquele país.
Assim, "O Eucalipto E Os Porcos", com o subtítulo de "Viva Perón, Carajo: La Cumparsita", representou mais do que uma realização como autor e diretor, também uma catarse de fantasmas de uma realidade que, em parte, viveu intensamente. A primeira temporada da peça, em novembro do ano passado, mereceu aplausos e valeu inclusive premiações do troféu Gralha Azul. Como muitos não puderam assistir a peça, Mengarelli decidiu por uma nova remontagem, desde ontem em cartaz no auditório Salvador de Ferrante - com temporada prevista até 24 de abril.
LEGENDA FOTO - O elenco de "O Eucalipto E Os Porcos": a Argentina revisitada numa peça política. Em cartaz no Guaíra.
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