Artigo em 17.07.1988
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 17 de julho de 1988
Nada como uma salutar concorrência para beneficiar o consumidor! Esquecida por anos pelos executivos de nossas gravadoras como "gênero de pequeno retorno" e que, segundo eles, ofereciam poucas possibilidades de vendas, as trilhas sonoras - assim como o jazz e o clássico - hoje tem um mercado cada vez maior no Brasil.
Claro que bissextamente sempre saíram discos com as trilhas, mas de forma irregular e puxadas na maioria das vezes pelo sucesso dos filmes - especialmente os galardeados com premiações (Oscar especialmente) ou o destaque da cação-tema, Maurício Quadrio, como sempre, foi o record-man que há mais de 10 anos sentiu que já existiam apaixonados por sound tracks em números suficiente para edições mais bem cuidadas, justificando coleções básicas como a da MGM, que após uma pioneira edição pela Polygram ("Hollywwod Story", 10 álbuns duplos, 1975) teve recentemente uma reedição, em forma mais econômica, pela CBS.
A decisão de um jovem executivo fonográfico, Antonio Carlos Duncam, da SBK Songs, em especializar sua nova etiqueta na área das trilhas - e para tanto obtendo a exclusividade das Varèsse (especializada no gênero nos EUA), já com duas dezenas de álbuns editados, fez com que as outras gravadoras reforçassem as edições dos discos que dispõe pela chamada música de cinema, clássicos de filmes do passado até produções recentíssimas, que independentemente de seus lançamentos nos circuitos comerciais, tem suas trilhas aqui editadas - em produções cada vez mais esmerdas.
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