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Aramis

Billy Eckstine, só amanhã

Para os que tem menos de 30 anos, o nome de Billy Eckstine (William Clarence Eckstein, Pittsburgh, Pennsylvania, 1914), talvez não signifique muito. Mas para quem acompanha a música americana dos anos 40/50, por certo se alegrará com a inesperada oportunidade de assisti-lo amanhã, sábado, em uma única apresentação no auditório Bento Munhoz da Rocha Neto. Afinal, Eckstine pode ter andado desaparecido das [programações] fonográficas - ao que me parece, seu único elepê existente no mercado é o volume 13 da primeira formada da "Jazz History" (Mercury/Phonogram, 19974), que o extraordinário Maurício Quadrio, hoje na Odeon, lançou há 5 anos, no seu projeto para provar que o brasileiro apreciava jazz. E naquele álbum duplo - dividido com Sarah Vaughan Nework, Nova Jersey, 27/03/1924) - que por sinal, há 3 anos também esteve no Guaíra - Ekstine interpretava músicas como "Stella By Starlight" (Ned Washigton/-Victor Young), "Blue Moon" (Richard Rodgers/L.Hart), "My Foolish Heart" (Ned Washigton/Young), "On The Street Where You Live" (Alan Jay Lerner/Frederick Loewe), capazes de machucar o coração de qualquer pessoa mais sensível aos melhores momentos da canção americana - e que, esperamos, não deixe de incluir no repertório que vai apresentar amanhã à noite. Já se escreveu que William Clarence Ekstine - o Billy - "aparenta ter 30 anos, tem 7 "crianças" (bem crescidinhas agora) e tem estado envolvido com a música há tanto tempo que parece ter sido sempre parte dela". Começou a cantar com Earl Hines, - 74 anos, o grande compositor, maestro e pianista, ma sem 1944, Billy já organizava sua orquestra, reunindo instrumentistas do quilate de Dizzy Gillespie (pistão), Buddy Johnson (sax-tenor) e praticamente lançado como vocalista a grande Sarah Vaughan. Depois Dizzy deixou a banda de Billy - conhecido como "Mr. B", que teve seus maiores sucessos com interpretações de "My Foolish Heart (1948) e "My Destiny" (1950). Em 1972, reapareceu no programa "This Is Music", de Tony Bennet, em Londres e no mesmo ano participaria do Newport Jazz Festival, que se realiza em julho, entre Nova York-Newport. Mas há mais a dizer sobre Eckstine: é basicamente um músico de jazz. Antigo trompetista e trombonista (trombone de válvulas), pensa e age como um músico. Seu conhecimento da música, sob o aspecto técnico lhe tem sido de grande auxílio como cantor e basta falar com ele durante cinco minutos para perceber o quanto está interessado em tudo o que está acontecendo agora no jazz. Para quem, como José Domingos Raffaelli, que acompanha sua carreira passo a passo, é essa sua visão jazzística que o mantém, aos 65 bem vividos anos, tão jovem. Quando está no Fairmount, por exemplo, é fácil encontrá-lo dando uma chegada nos clubes de jazz para observar os conjuntos que ali tocam. E quando fala, revela-se uma enciclopédia ambulante a respeito das atividades dos músicos jovens, de suas personalidades de seu modo de tocar. Faz, sempre, questão de ouvi-los todos. Eckstine tem estado vitalmente envolvido com o jazz por toda sua vida. Se há quem o acuse de ter uma maneira "comercial" de cantar, é preciso lembrar que ele é, esteticamente superior à da maioria dos vocalistas de jazz porque é um bom músico com um instrumento soberbo (sua voz) - e ele dá não importa o que possa dizer ou fazer - o toque de jazz a tudo o que canta. Esperamos que com esta sua tournée pelo Brasil, as diversas gravadoras multinacionais que detém, em seus acervos, registros de suas inúmeras gravações animem-se a lançá-los. Afinal cantores como Billy Eckstine não aparecem todos os anos. Nem em uma geração!
Texto de Aramis Millarch, publicado originalmente em:
Estado do Paraná
Nenhum
Música
9
04/05/1979
Olá ,amigo , pesquisando paa aprnedr sobre Billy Ekstine ,encontrei seu artigo,muito interessante digá-se de passagem.Então como oque me levou a tal estudo foi um disco rescem adquirido e tendo lido namatéria que o único lançamento (nacional ?)seria o vol. 13 ,pois que tratando -se de lps ,os memosjá quase não são mais fabricados (não obstante algumas tiragens limitadas ,que esoçam a tentativa de um retorno do velho bolachão).Venho modestamente informar ,salvao algum erro de minha interpretação a existência de um disco pela gravadora MGM ,sendo o mesmo um segundo volume do mesmo artísta( dados do texto dacontracapa ),isso em 1955 , esse disco consta de numeração LES 26003. Grato pela sua atenção ,cordialmente ,Fábio.

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