Depois da morte na Serra, Barão pode ser atropelado
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 15 de janeiro de 1987
Como o mais conhecido, em termos políticos dos descendentes do Barão do Cerro Azul, o empresário Fernando Fontana, ex-secretário da Indústria e Comércio, ex-candidato a vice-prefeito de Curitiba, já foi contatado por alguns parentes para ser porta-voz junto ao alcaide Roberto Requião, da preocupação da família: uma segunda tragédia com aquele vulto de nossa história.
É que ao retirar a estátua do Barão do Cerro Azul, que há décadas estava na tranqüilidade da Praça do Batel e colocá-la no meio da avenida que leva o seu nome, a uma quadra da Praça Tiradentes, a Prefeitura está colocando em risco a mesma. Afinal, bastará um motorista mais descuidado, madrugada destas, estimulado por algumas doses a mais de bebida, para o choque com o Barão do Cerro Azul fazê-lo vir por terra.
xxx
Afinal, o Barão merece ao menos um descanso após a sua morte: em 20 de maio de 1894, aos 46 anos de idade, foi seqüestrado do trem em que era transportado, preso, para Paranaguá, e fuzilado na Serra do Mar, acusado de colaboracionista com as forças federalistas que tomaram Curitiba naquele ano.
Um atropelamento na madrugada, provocado por um motorista embriagado, será um melancólico acontecimento para um homem que fundou a Associação Comercial, o Banco do Estado e até o Clube Curitibano.
Enviar novo comentário