A desparanização
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 17 de julho de 1977
Uma nova campanha está sendo cuidadosamente planejada em termos paranistas: a mobilização de esforços oficiais e das lideranças empresariais, no sentido de evitar a evasão dos centros de decisão e da (gordas) verbas de propaganda das grandes empresas que tem se instalado em nosso Estado, para outras capitais. Apesar de toda euforia que se seguir [à] vinda de grande grupos empresariais, alguns dos quais multinacionais, nas cidades industriais de Curitiba, Londrina, Ponta Grossa e outras cidades, a verdade é que a maior parte dos comandos das empresas estão fixados em São Paulo, existindo no Paraná apenas gerências regionais, de autonomia muito limitada.
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O esvaziamento administrativo e, principalmente a evasão de todas as verbas de propaganda para agências do eixo Rio-São Paulo - as quais não mantém em Curitiba sequer um representante, está prejudicando não só as agências paranaenses, mas também os próprios veículos de divulgação, uma vez que o planejamento de mídias é feito por profissionais não relacionados à região.
O assunto, que transcende a área do interesse imediata, já mereceu algumas reuniões e com uma conjunção de esforços, acredita-se que se poderá transferir o centro das decisões das empresas e o atendimento publicitário para Curitiba
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Dois parlamentares já se integraram [à] campanha, com pronunciamentos lamentando a chamada "desparanização": Renato Bernardi (MDB-Maringá), em âmbito federal e Luis Alberto Oliveira, na Assembléia Legislativa.
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