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Aramis

Dez anos de aplausos para as Mal Dormidas

Enquanto o Teatro do Paiol continua desativado e ninguém sabe, afinal, qual será sua programação neste semestre - (isto é, se existir alguma previsão!) - os auditórios da Fundação Teatro Guaíra começam a funcionar de forma capenga e com muitos espetáculos cancelados. Depois de ainda nebulosa marcação e desmarcação das datas para os shows de Airto Moreira/Al Di Meola (no dia 9) e Kid Creole & The Coconnuts (dia 10), o mesmo empresário, "Júnior", também cancelou a temporada da comediante Dercy Gonçalves, que viria se apresentar de 20 a 23. Em compensação, no auditório Salvador de Ferrante, entre 20 a 23 de março, volta a ser apresentado, dez anos depois, uma comédia de pretensões sociológicas que já teve duas temporadas, em 1976, em Curitiba - e que desde então vem precorrendo o Brasil, onde já teria sido vista por quase 600 mil espectadores em mais de 1.800 representações: "A Noite das Mal Dormidas", escrita, dirigida e interpretada por Niels Petersen - brasileiro apesar do nome escandinavo. Ao lado do curitibano Guilherme Osty, 35 anos, 16 de teatro, e de Ivanir Callado - que substituiu ao curitibano B. Marquesi, da montagem original - Petersen fez de "A Noite das Mal Dormidas" sua galinha-dos-ovos-de-ouro. Assim é que desde 23 de março de 1976, quando houve a sua estréia no mesmo auditório Salvador de Ferrante, "A Noite das Mal Dormidas" vem sendo mostrada perante os mais diferentes públicos - pelo visto com razoável sucesso, a julgar pela sobrevivência da produção. Diz Petersen que "o espetáculo durante estes 19 anos mudou muito em termos de figurinos, cenários, sonoplastia e no próprio texto, já que agora está sendo apresentado na íntegra sem os cortes impostos pela censura de 1976". Através do comportamento de duas solteironas - Hortênsia e Margarida - irmãs sufocadas por uma educação reacionária, e uma amiga - Dalva - a peça pretende caricaturar um determinado comportamento social. LEGENDA FOTO 1 - Hortênsia, Dalva e Margarida: há 10 anos, o mesmo espetáculo. De 20 a 23, novamente, no Guaíra.
Texto de Aramis Millarch, publicado originalmente em:
Estado do Paraná
Almanaque
Tablóide
13
14/03/1986

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