A dura jornada
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 11 de janeiro de 1976
Antes de retornar a Bonn, o que está previsto para dentro de dois meses, o vice-cônsul Hans Mayer, da República Federal da Alemanha, quis conhecer Foz do Iguaçu. Junto com sua esposa e o irmão Ludwig, técnico da Olivetti em Stuttgart, que veio passar algumas semanas em Curitiba, Mayer fez as reservas para viajar , por ônibus, para aquela cidade. No dia em que chegou a estação rodoferroviária, o funcionário da empresa disse:
- Lamentavelmente houve um engano: não há mais lugares.
- Mas, como, respondeu Mayer. Eu, minha esposa e meu irmão, estamos com todos os planos prontos. E queremos ir.
- Lamento, respondeu o funcionário.
- E o jeitinho brasileiro? Não dá pra dar um jeitinho...
Alguns minutos de expectativas e, milagrosamente, apareceram dois lugares. Mayer aceitou e assim sua viagem a Foz (12 horas) não foi nada pouco cômoda: sentado sobre a mala, no corredor do ônibus, revezando-se com o irmão Ludwig. Mas não se arrepende.
- Valeu o sacrifício. Foz do Iguaçu é uma das poucas belezas naturais que não cabem num cartão postal. É muito maior.
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