"Irmão Sol, Irmã Lua" um grande resultado
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 24 de maio de 1980
Se << O Campeão >> - o maior êxito de bilheteria em 1979 - pode ter decepcionado alguns críticos, << Irmão Sol, Irmã Lua >>, que Zeffirelli rodou há 8 anos passados, está entre os mais líricos filmes já realizados sobre um tema religioso. Ao fazer o simples relato, fiel, da vida do fundador da Ordem Católica dos Franciscanos, santificado 2 anos depois de sua morte, em 1226, Franco Zeffirelli conseguiu transmitir em imagens perfeitas, com a fotografia do competentíssimo Ennio Guarnieri, todo o mundo que o jovem Francisco Bernardone viveu em sua infância, filho de um rico comerciante de mercadorias, Pietro Bernardone, em Assis, até sua decisão de se voltar à vida espiritual - após participar das cruzadas, na Ásia. Para o bom resultado de << Irmão Sol, Irmã Lua >> contribuírem vários fatores: a singeleza do tema, o roteiro desenvolvido a 8 mãos por profissionais da competência de Suso Cecchi D`Amigo, Kenneth Ross, Lina Wertmuller (hoje um dos nomes mais respeitados entre os novos diretores italianos) e o próprio Zeffirelli. Donovan, compositor que se afastou do mundo artístico, compôs a bela trilha sonora, com arranjos Ken Thorme. E o elenco não poderia ter sido melhor escolhido: Graham Faulkner como Francisco, Jusi Bowker como Clara, Valentina Cortese como Pica, Adolfo Celi como Consul e Alec Guinnes na impressionante participação como o Papa Inocêncio III,. No Cine Rivoli, até amanhã, um filme para se (re)ver.
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