A falta de um guia
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 23 de setembro de 1983
Após assistir a palestra do compositor e pianista Henrique Morowwicz, presidente da Pró-Música, na qual foram levantadas questões relacionadas à vida musical curitibana - especialmente a falta de melhor informação sobre os concertos aqui realizados - o editor Gunther Schott, da Schott & Musas, enviou uma oportuna carta à diretoria da Fundação Cultural, sugerindo a edição de um guia global, a exemplo do "São Paulo Musical". A falta de informações regulares, o atraso no envio de avisos de concertos e a duplicidade de eventos, prejudicam a frequência de público. Tentativas de editar um 'Informativo tem fracasso pelas mais diversas razões - e o próprio noticiário oficial da Fundação Cultutal, muitas vezes, traz informações erradas - já que, há substituições de programas na última hora. O mesmo ocorre em ralação aos programas dos cinemas e teatros, com mudanças inesperadas em tempo de serem corrigidas nos veículos impressos.
A propósito, um grupo de jornalistas cariocas e paulistas fundou um semanário em formato tablóide, "Viu" (56 páginas, Cr$ 500,00), com a programação de lazer no eixo Rio-São Paulo. Tendo Claudio Chagas Freitas, Roberto Moura, Rosa Nepomuceno, Luiz Augusto Gollo e Cleo Lima, como editores, a nova publicação mostra bom nível no primeiro número -circulando também em bancas de Curitiba.
A exemplo do "Time Out", editado em Londres e o "Pariscop", da Capital francesa, "Viu" pretende não só trazer a programação de cinemas, teatros, boates, etc., mas também reportagens especiais reviews de livros, discos e filmes etc. O número um, inclui colaboradores respeitáveis como o memorialista Pedro Nava ("Pagar a dívida e já"), e Salviano Csvalcanti de Paiva ("Onde estão os novos filmes de, faroeste...") e uma longa e sincera entrevista de Luiz Gonzaga Júnior, cujo novo elepê ("Alô, Alô Brasil") foi lançado há poucas semanas pela Odeon.
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