Gente
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 07 de abril de 1973
De Antonina que vive sobre as recordações de um passado economicamente forte, saiu para o Brasil Silas Antônio do Espirito Santo, um violonista de 28 anos de idade, primeiro ser formado pela Academia Paranaense de Violão, em 1969. Mal os teatros paranaenses o conhecem e várias cidades da América Latina, notadamente. Quito, descobriram no apontando-lhe uma "carreira de triunfo". Descentente de espanhol e francês foi aluno do Colégio Estadual do Paraná, teve como primeiro professor de violão Ademar Garcia e no Rio, com o professor Valter Blanco, também paranaense, estudou harmonia e técnica superior de violão. Composição e orquestração aprendeu com José Siqueira. Diversas suites, estudos, ensaios para violão e orquestra, além de temas para filmes, fazem parte de sua produção , inspirada basicamente em motivos passos possivelmente será uma interpretação do "fandango", natural do Litoral paranaense, um misto de entrudo, dança açorina e ritual nativo-carijo da Ilha de Valadares. Procurando firmar-se mais, participará, em junho, do concurso Internacional de Violão, organizado pela TV Francesa, em Paris. A crítica de Quito, ao atribuir-lhe elogios, dão notícias de seu carregado sentimento de interpretação, seu "magnifico domínio sobre as cordas, onde destaca-se nitidez em meio a essa intensidade de sons". O violão, para Silas, moreno antoniense, é um instrumento fácil para ser mal tocado e difícil para quem dele quiser fazer uso correto. "O brasileiro - explica - geralmente é um cara tímido. Poucos são os que coragem de sair do Brasil, divulgar talento, a capacidade e a inteligência que tem. Ficar aqui por outro lado, representa uma espécie de morte, pois não há apoio e o brasileiro não encontrou ainda educação artística capaz de fazê-lo valorizar o que é seu, o que tem de bom neste campo".
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