Ignácio e Marcio falarão de cinema
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 02 de outubro de 1987
A primeira das mesas redondas paralelas a I Mostra do Cinema Latino-Americano será sobre o roteiro e a literatura no cinema brasileiro. (Dia 6, 10h30min, auditório Brasílio Itiberê da Secretaria da Cultura). E dois escritores, hoje com seus livros editados em vários países, que exerceram a crítica cinematográfica na juventude, estarão entre os debatedores: o paulista Ignácio de Loyola Brandão e o amazonense Márcio Souza.
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Ignácio de Loyola, 49 anos, foi crítico de cinema da "Última Hora" no início dos anos 60, na época em que Mussa José Assis, hoje diretor-de-redação de "O Estado do Paraná", era secretário da edição paulista da "UH". Vários textos de Ignácio de Loyola já foram levados ao cinema - o primeiro dos quais "Anuska, Manequim e Mulher", que marcou a estréia no longa-metragem de Francisco Ramalho Júnior.
Embora com pouco tempo livre - nos últimos meses, vem fazendo várias palestras e tem percorrido um roteiro nacional para acompanhar o lançamento de seu novo romance ("O Ganhador"), Ignácio, bissextamente, tem feito críticas de cinema.
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Márcio Souza, 41 anos, é autor de "O Brasileiro Voador" - a biografia de Santos Dummont que a cineasta Tizuka Yamazaki baseou o roteiro da superprodução que prepara há dois anos sobre o Pai da Aviação. Dois outros de seus romances também devem chegar as telas em 1988: "Mad Maria", com direção do estreante Ricardo Bravo e "Galvez, O Imperador do Acre", com direção de Hector Babanco. Como roteirista, Márcio fez, entre outros, "Luar do Sertão", um filme rural rodado há mais de 10 anos, com a dupla Tonico e Tinoco. De seus tempos de crítico de cinema nos jornais de Manaus, publicou há 20 anos "O Mostrador de Sombras", há muito esgotado - e que já pensou em reeditar através da Marco Zero, Editora da qual é um dos donos.
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