Manfredini conta da educação na Albânia
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 03 de maio de 1984
Arguto repórter, com aprendizado em várias redações, o jornalista Luiz Manfredini procurou ter uma visão panorâmica de Albânia, durante as três semanas em que ali esteve. Afinal, pouco se sabe deste pais comunista, fechado ao turismo e no qual raros jornalistas são admitidos. Por isto, suas anotações que está transformando em livro e da qual estamos dando um " Trailer" neste espaço são interessantes a quem deseja saber como são as coisas no pais de Enver Hoxha, o poderoso presidente que há muitos anos está no poder.
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Como é assessor de imprensa da Secretária da Educação, Manfredini se preocipou em conhecer também o sistema educacional da Albânia Diz: " A escola é massiva. Há o pré-escolar, que não é o obrigatório, a escola média ( de formação geral ou profissionalizante )e a Universidade de Tirana, que tem sucursais espalhadas pelo pais e cursos para formar 80 profissões. Toda a educação é gratuita e o governo pretende, logo, tornar, também a escola média obrigatória".
A Industria com prioridade sobre a pesada é o carro-chefe do desenvolvimento econômico albanês. O potencial hidrelétrico do pais é de 10.000.000 Kw/h.Hoje a albânia exporta energia elétrica para os paises vizinhos, é auto suficiente em petróleo e cromo e o ferro niquel são seus principais minérios.
Na agricultura, a coletivização foi um demorado processo de convencimento que durou de 1945 a 1967. Inclusive declarados inimigos de Albânia reconhecem que a coletização, lá, foi pacifica. Inicialmente o novo governo expropriou as terras dos latifundiários estrangeiros e as distribuiu aos camponeses pobres e aos sem terra, Cada familia recebeu, gratuitamente, até 5 hectares. Em seguida, o processo conduziu á aglitinação desses pequenos proprietários em cooperstivas. Hoje, as 155 mil pequenas explorações rurais ( cada qual uma superficie média de 2,5 hectares ) foram substituidas por 423 explorações coletivas com uma superficie média de 1.150 hectares cada.Muitas destas cooperativas, com o tempo ( num processo que está em andamento ) acabam se transformando em empresas agricolas, estatais.
Na Albânia, as terras de cultivo ocupam 42% do seu território extremamente montanhoso.a partir de 1966 os albaneses comecaram a cultivar em terraços as montanhas, conseguindo com isso, que a superficie de terras aproveitáveis para a agricultura aumentasse 2 a 4 vezes em relação a 1938. Planta-se trigo, cevada, milho, arroz, centeio, algodão, tabaco, beterraba, girassol, citricos em geral, oliveiras, legumes e verduras. Os pais é auto suficiente em cereais de panificação, sobre os quais se concentra todo o trabalho agricola.
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A organização estatal é formada pela Assembléia Popular, constituida por 250 deputados eleitos por voto direto e secreto para mandato de 4 anos. A assembléia reúne-se duas vezes por ano ou extraordinariamente por convocação da maioria de seus menbros. O deputado goza de imunidade mas pode ter seu mandado cassado pelos eleitores. No intervalo das sessões é exercido pelo Presidium de 15 menbros, eleitos pela própria Assembléia, que nomeia também o Ministério ( órgão puramente executivo e administrativo ), o Conselho de Defesa e o Tribunal Supremo. Cada uma das 26 regiões administrativas em que o Pais dividi-se é dirigida pelo Conselho Popular formado por menbros eleitos para mandato de 3 anos. O Conselho elege um Comitê Executivo que exerce o poder estatal no intervalo das suas reuniões. Existem organizações de massa, como os sindicatos, reunidos nas Uniões Profissionais, a União da Juventude do Trabalho da Albânia, a União das Mulheres da Albânia. Existem organizações que congregam as crianças, como as "abelinhas" e os "pioneiros organizado. Congragando todas estas organizações existe a Frente Democratica. O Partido do trabalho da Albânia, que dirige a vida de todo o pais, tem cerca de 130 mil menbros.
Quem assistiu, não poupa elogios: a apresentação do " Madrigal Vocale", no último sábado, no auditório do Edificio Castelo Branco, foi um dos mais belos concertos de musical coral apresentadas em Curitiba. Isto deve-se especialmente à dedicação do padre, musicólogo, compositor e regente José Penalva, que há mais de 20 anos vem emprestando uma imensa contribuição a nossa vida cultural.
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Fundador da Pró-Música, há 21 anos, diretor do Studium Theologicum, criador do Coral da Pró-Música e, posteriormente, do octeto vocal hoje batizado de "Madrigal Vocale", o padre Penalva tem uma obra marcante, quase sempre desenvolvida de forma anônima.Para isso tem contato e muito o entusiasmo dos jovens integrantes dos grupos vocais por ele arregimentados.
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