As Memórias da Itália e as dicas executivas
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 07 de dezembro de 1985
A exemplo da rocco, também a Difel vem procurando fazer edições de novos autores- ou ao menos, aqueles que ainda não são muito conhecidos no Brasil por falta de traduções. Assim, em "Escrevo da Itália..." de Jacques Sauvage, temos uma obra de observação, da Itália do pós- guerra. Sauvage percorreu aquele país em 1945, com uma companhia de artilharia francesa, durante a ( guerra. De todas as sua recordações recentes, a mais lancinante e mais marcante é aquela de breve parada em Varela, uma aldeia fortificada num vale perdido da Umbria. Quatro anos depois, Sauvage decide voltar àquele local, oficialmente para pesquisar a história de Varela, mas na verdade para tentar encontrar uma mulher que o havia impressionado, embora num encontro superficial durante a guerra, a Contessina Beatrice di Varela. Tentando descobrir Beatrice, Jacques descobre todo um universo erótico e paralelo, que convive tranquilamente com a casta Varela diurna, mas à noite, libera todos os seus demônios. E assim, o leitor conhece a sensual Contessina, sua irmã Francesca, Adriana, adolescente lúbrica e pagã. Com a meticulosidade de um roterista, Déon ergue aos poucos a cidade mágica e pagã, sensual e noturna, que esta soterrada durante o dia, por uma outra cidade, insípida e hipócrita. Tradução de Janer Cristaldo, capa de Roberta Misciarelli. 298 páginas, Cr$ 48.000 .
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Livros sobre administração, didáticos e informativos, para públicos específicos. De Renato Bernhoeft, a Nobel lançou " Administração do tempo " ( 100 páginas, Cr$ 29.000 ), que tem uma proposta objetiva de seu autor, empresário bem sucedido: introduzir novos conceitos que conduzam a uma necessária reflexão sobre " administração do tempo ), através de uma auto- análise e um profundo exame das relações que cercam o indivíduo, em casa ou no trabalho. Dividido em duas partes, a primeira vai situar o eleitor em relação ao tempo e , na segunda, examina o tempo na organização, fornecendo um visão sucinta da empresa em seus estágios. A pressa tornou-se mal maior da sociedade moderna, causadora dos mais diversos problemas de ordem psicológica, social econômica. Para que se consiga amenizar esta falta de tempo desvariada que circunda a vida de muitos executivos e empresários, este livro revela como é possível ( e fundamental ) aplicar racionalmente o tempo para se atingir ma qualidade de vida profissional e individual mais condizente com o agitado corre-corre desses nossos dias.
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Outro livro importante e macetoso: " Como chegar ao Sim/ A Negociação de Acordos Sem Concessões " ( Imago, 143 páginas ). Roger Fischer e William Ury, do Projeto de Negociação de Harvard, apresentam um método claro, conciso e comprovado de negociação - um método que se afigura verdadeiro à sua experiência e a seu mais profundo bom senso. Os autores dão uma estratégia direta e não disparatada para defender com firmeza seus própios interesses, ao mesmo tempo concordando com aqueles cujos interesses entram em conflito com os seus. Um livro que serve desde as relações familiares até para os mais delicados negócios. Enfim, uma obra revelando a fonte do poder da negociação , pois a sua leitura ensinará que você não precisa ceder - ou entrar em guerra - para chegar ao si m.
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Em " A Linguagem como trabalho e como mercado " ( Difel, 260 páginas, Cr$ 52.000 ) , Ferrucio Rossi - Landi discute questões importantes como a teoria da reprodução social e posição dos sistemas de signos em relação a esta, o papel dos sistemas de signos verbais e não verbais no planejamento social, a ideologia com planejamento social entre outros assuntos. Ferrucio Rossi - Landi ( 1920-1985 ), foi uma das maiores autoridades internacionais nos campos da fisolofia, da linguagem, da semiótica da linguística, filosofia teórica. Suas propostas conduziram a um a profunda renovação desses estudos, ao mesmo tempo em que a clareza e a segurança com que escreve o tornam acessível tanto aos especialistas como ao público .
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