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Aramis

MÚSICA

O relançamento de "Play Time - Tempo de Diversão" (Cine Condor) se constitui em feliz oportunidade do público rever um dos bons trabalhos de Jacques Tati (foto), pouco abaixo de "Meu Tio" (Mon Oncie, 1958), mas, de longe, bastante superior ao ilustrado "Traffic", há duas semanas passadas exibido no Rivoli. Aqui, para melhor informação dos leitores, trechos de análise que Paulo Perdigão, dos mais respeitados críticos cariocas fez deste quarto longa-metragem de Tati: "A cena abre com o hall de entrada de um prédio ultramoderno, superconfortável, hiperfuncional. A câmara se detém fixa , a observar grupos de pessoas que vão e vêm, sobem e descem a escada rolante, entram e saem. É o primeiro movimento, andante, do longo bale de imagens e sons que se chama Playtime. Aparentemente nada acontece no quadro; a impressão é a de que a realidade corre livremente e os personagens que surgem e desaparecem, anônimos, silenciosos, entraram no filme pôr engano. Mas, nessa observação serena da câmara de Jacques Tati, o espectador pode perceber a totalidade da cena através de uma apreensão subjetiva do pormenor, de cada nuança, escolhendo-a ao acaso do olhar ou pelo grau da atenção despertada pôr este ou aquele elemento cênico. Em Playtime o espectador é livre para do minar a seu gosto e vontade a realidade global que lhe exibe Tati, num dos exercícios mais fascinantes já operados no campo do realismo cinematográfico.
Texto de Aramis Millarch, publicado originalmente em:
Estado do Paraná
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06/02/1973

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