No campo de batalha
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 27 de dezembro de 1989
Uma efeméride que deveria ser festiva mas que se torna melancólica: a maioridade do Teatro do Paiol. Inaugurado há exatamente 18 anos, com o show "Encontro" reunindo Vinícius de Moraes (que, então, veio pela primeira vez a Curitiba), Toquinho, Marília Medalha e o Trio Mocotó, o Paiol teve grandes momentos e enfrentou muitas crises. Em 1989 - apesar da simpatia com que Jaime Lerner sempre o viu (afinal foi sua melhor obra na área cultural durante a primeira gestão) - praticamente não funcionou. Agora está fechado, desde stembro, para reformas. Aliás, a terceira ou quarta vez qua há obras de reforma, mostra de como tem sido mal cuidado nos últimos anos.
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Anuncia-se que "uma grande programação" está sendo elaborada para 1990. É aguardar para conferir...
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Bons filhos a casa retornando, no espírito de Natal: Hazzy Rust, filha única da taberneira Ingeborg, a querida dona do "Humel-Humel", chegou na semana passada. Ela mora em San Francisco, USA, onde é uma das mais prósperas corretoras de imóveis - depois de ter feito vários cursos na área da educação física e vencido campeonatos de esgrima.
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Chico Mello, violonista, compositor, há dois anos residindo em Berlim, também está na terra. Caçula de uma musical família (sua irmã, Maria Leonor, acaba de reassumir a presidência da Pró-Música e vai tentar recuperar a enfraquecida entidade), Chico é um dos grandes talentos da nova geração e há 6 anos fez um bom disco instrumental, dividido com Helinho Brandão. Em Berlim, freqüenta aulas de música contemporânea e garante a sobrevivência cantando MPB em casas noturnas.
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Marcos Schwaab, 40 anos, economista senior do Badep, de volta do Japão, onde fez reciclagem de alto nível durante três meses.
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Enquanto alguns voltam, outros continuam a viajar. Celso Luiz Hollman, embarcou na semana passada para Antibes, na França, onde iniciou um curso de "Treinamento: Criação massal, utilização e qualidade de Trichograma spp", promovido pelo Institut National de la Recherche Agronomique, que o levará também a Darmstadt, na Alemanha Ocidental. Celso Luiz é funcionário do Iapar, na categoria de "Pesquisador Técnico II".
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Outro técnico do Iapar, e engenheiro agrônomo Ricardo Trippia dos Guimarães, também passa o final do ano - e os três anos seguintes (só retorna em dezembro de 1992) em Columbus, USA: foi fazer um longuíssimo curso de pós-graduação em Ciência do Solo na Universidade do Estado de Ohio.
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Já a professora Leda Rodrigues Sanches Moreira vai passar dois anos na cidade do Porto, Portugal, fazendo curso de educação física infantil.
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Empresários bem sucedidos recebendo títulos: Jorge Aloysio Weber, presidente da Federação das Indústrias, é agora cidadão honorário do Paraná. Já como cidadãos beneméritos foram escolhidos os srs. Carlos Alberto Pereira de Oliveira, George Christofis, Rubens Armando Brustolin, José Alberto Pereira Ribeiro e Ariovaldo de mello Arantes.
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O prefeito de Nova Tebas, sr. Luiz Carlos Petrechen, apesar do nome helênico de seu município, está preocupado com o lazer ao ar livre dos novo-tebanos: o Código de Posturas, sancionado em 6 de dezembro, proibiu "os banhos nos rios, córregos e lagos do município".
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Já o prefeito de Xambrê decidiu homenagear os personagens das histórias em quadrinhos em quatro pré-escolas criadas nas últimas semanas: Pato Donald, Mônica, Chapeuzinho Vermelho e Mickey.
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A médica Hellê Muralho, presidente da Fundação Sidônio Muralho, criou com a ajuda do arquiteto Key Imaguire Jr., um belo cartão de Boas Festas: um texto do poeta português, de quem é viúva, com fotografia de Key.
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Helmut Lied, 59 anos, que durante 8 anos dirigiu o Goethe Institut no Paraná - aqui fazendo a melhor administração que o Instituto já teve - acaba de ter uma justa promoção: deixa Brasília, onde se encontrava há três anos, e assume o Goethe no encantador principado de Luxemburgo. A esposa de Helmut, professora Heided Lied, é tradutora de vários romances e peças de teatro e quando o casal residia em Curitiba, graças ao seu entusiasmo, foi iniciado o programa do Goethe na área teatral - que até hoje fornece bons frutos.
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Houve tempo em que todas as grandes drogarias e mesmo farmácias maiores distribuíam almanaques de saudosa mamória. Este ano, ao menos uma organização - a Drogamed, com 15 farmácias em Curitiba - está mantendo a tradição, distribuindo o "Almanaque Sadol", com 35 páginas, que há 45 anos é editado pelo Laboratório Catarinense, de Joinville. Esta edição foi produzida pela Graph Designen, com coordenação de laerte Batista e Maurício Peixer, na tradição dos velhos almanaques: fases da lua, calendário, piadas de salão, quebra-cabeças e curiosidades.
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Normalmente ocupadíssimo no final da tarde, como chefe de jornalismo da TV Iguaçu, Manoel Carlos Karam terá que sair mais cedo amanhã à tarde: é que a partir das 19h estará na Casa Romário Mrtins autografando "A cidade sem mar", quarto volume das "Edições Leite Quente".
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