No campo de batalha
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 03 de novembro de 1990
Juca Novaes é um dos principais animadores da vida musical do Interior de São Paulo. Paulista de Avaré, fez a mostra que há 7 anos promete em sua cidade alcançar dimensão nacional, crescendo em qualidade a cada ano. Mas Novaes é também inspirado compositor-cantor já tendo participado de várias edições do Fercapo (Cascavel) e agora reúne suas bonitas músicas num elepê independente, "Encontro das Águas", dividido com o parceiro Eduardo Santana - e que será lançado segunda-feira, dia 5, no Bar Vou Vivendo, o templo da MPB na noite Paulistana.
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Zuza Homem de Melo, que agora volta às atividades artísticas após uma experiência frustrante de sete meses na Diretoria de Cooperação e Intercâmbio na secretaria da Cultura da Presidência da República, em Brasília, foi um dos primeiros a avalizar o disco de Juca Novaes: "vai surpreender pelo fino acabamento dado a um conteúdo de primeira linha".
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Tendo deixado a Tchê, o editor gaúcho Airton Ortiz partiu para novos vôos através da Ortiz-Tecnologia Gerencial e Editora. Em Frankfurt, na recém-encerrada feira internacional do livro, teve reuniões com as editoras americanas Dow Jones-Irwin e John Wiley & Sons, Inc., adquirindo títulos nas áreas de administração, economia e negócios. Em Budapeste, na Hungria, Ortiz negociou a tradução e publicação no Brasil de "The New Europe", a mais importante revista de economia sobre o Leste Europeu, publicado pelo Institute for Economics and Market Research and Informatics.
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Samba se organiza: Leci Brandão tem agora uma divulgadora - Eulália Figueiredo Rosa - encarregada de cuidar de sua promoção pessoal. Leci está com agenda carregada de compromissos e seu último lp ("Cidadã Brasileira", Copacabana) vem vendendo bastante.
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Paulo Hilário em dupla presença artística: como integrante dos Metralhas, está numa faixa de "Optimun In Habbeas Corpus" (lançamento dia 15) e no dia 22, na Livraria Dario Velloso, ao entardecer - com direito a jazz nos teclados de Bráulio Prado e o baixo do excelente Boldrine - autografa seu segundo livro - "Ilha do Mel", ilustrado com fotos de Orlando Azevedo, nesta sua segunda experiência literária (a primeira foi "Aconteceu no Ônibus Expresso"), Paulo mostra também o seu lado de poeta, sem porém deixar de exercer em alguns textos a sátira política, falar sobre ecologia e incluir divagações existencialistas.
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Mais um grupo de funcionários do Estado estão batendo as asas para fazer cursos no Exterior. Se dependesse do número de servidores que passam longos períodos especializando-se no estrangeiro era de se esperar que o funcionalismo paranaense teria alguns dos mais bem graduados profissionais. Eis os que viajaram nas últimas semanas.
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Eleuza Alves de Oliveira, dentista da Fundação Caetano Munhoz da Rocha, vai permanecer até 20 de setembro de 1991 na paradisíaca Loma Linda, Califórnia, fazendo mestrado; Cleuza Juliato, terapeuta ocupacional da Secretaria da Administração, já está em Troina, na Sicília/Itália, freqüentando o curso de "Retardo Mental e Multipla Deficiência".
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A arquiteta Rosinha Coeli Alice Parchen, da Secretaria da Agricultura, esteve em Buenos Aires, participando do V Congresso Nacional de Preservação do Patrimônio Arquitetônico Urbano. Sérgio Luiz Colucci de Carvalho foi a Viña del Mar, Chile, oficialmente em nome da Secretaria da Agricultura para participar do curso "Produccion Postcosecha de Paltas" (sic).
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O agrônomo Daniel Perotto, também da Agricultura, estará até maio de 1992, em Quebec, Canadá, fazendo doutorado em "Genética e Melhoria de Animais Domésticos" na McGill University. Mais modesto e menos felizardo, seu colega Nelson da Silva Fonseca Jr. só conseguiu três dias - 15 a 17 de outubro - para, em Assunção, assistir a uma reunião regional de cooperação em mandioca no sub-trópico da América Latina.
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O violinista Pelo Sérgio da Graça Torres Pereira, spalla da sinfônica do Paraná e professor da Escola de Música e Belas Artes do Paraná, continuará por mais dois anos fazendo doutorado em Artes Musicais na Indiana University, EUA.
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De uma só vez, um feliz grupo de funcionários(as) da Secretaria da Saúde viajou à Catânia, na Itália, sem que o "Diário Oficial" publicasse a justificativa da viagem. Do grupo participam a assistente social Elisionete Silva Lins Cajazeira; os médicos Rogério David Kfouri e José Luiz Pinto Pereira; a terapeuta ocupacional Cleonice Rodrigues; a fisioterapeuta Luiza Francisco e uma enfermeira-auditora, Neuza Margarete de Guia.
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O presidente do Banestado, Carlos Almeida Ferreira, também deu sua circulada internacional: entre 12 e 21 de outubro, esteve em Chicago, participando de uma reunião do Rotary Internacional.
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Generosidade do governo alemão permitiu que duas técnicas hidrobiologistas da Surehma fossem conhecer a Europa: Elenize Matter de Ferrante Martins da Silva e Ana Maria Altoé Nieweglowski estão em Düsseldorf, fazendo um estágio na TWA - Landasant für Wasser und Adfall Nordnein Westfalen.
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A oftamologista Martha Meguemi Kumagai, do Instituto de Previdência do Estado, está em Sorrento, Itália, participando do Congresso European Symposium on Contact Lenses.
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Como não há passaportes para todos, outros se contentam com viagens internas: os capitães Ubirajara Dias Paredes e Joel de Oliveira (que não é o diretor do Teatro Guaíra) estão no Rio de Janeiro freqüentando curso de aperfeiçoamento de oficiais do Corpo de Bombeiros. O professor Nivaldo Joslin estará até fevereiro de 1991 fazendo mestrado em Filosofia e Lingüística da Língua Portuguesa na Universidade de Assis, SP. Já Raquel Sarraff Masini, por dois anos, participa de curso de Distúrbio de Comunicação na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo.
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A professora Oksana Boruszenko, 52 anos, está entre as curitibanas que mais viaja a países distantes. Encontra-se há 90 dias em Moscou. Professora titular da área de Letras da Universidade Federal do Paraná, Oksana inclui entre os dez idiomas que fala corretamente o ucraniano, paquistanês e naturalmente o russo - herança de seus pais que dali emigraram no início do século. Ao defender sua tese de mestrado em Munique, há 15 anos, Oksana esnobou a banca: apresentou o trabalho em russo. Apesar de tudo, só agora foi conhecer as repúblicas soviéticas socialistas.
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