O jazz cubano de vitier
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 27 de janeiro de 1990
Um novo pianista para ser admirado: é o cubano José Maria Vitier, que acompanhado de um ótimo grupo - com destaque absoluto para as flautas e sax de Javier Zalga chega no LP "Passatiempo" (WEA). Vitier, 35 anos, aos 21 já era professor de piano mas só há 7 decidiu formar seu próprio conjunto. Neste período correu vários países, oferecendo um som que "visita com igual intimidade as galáxias eruditas e as mais profundas tradições da música cubana" como diz, entusiasmado, Roberto M. Moura - o arauto desta nova música cubana que graças à WEA está chegando ao Brasil.
Moura compara Vitier a Ellington e diz que seu saxofonista Zalga está para ele como Johnny Hodges está para a big-band de Duke. Mas há, naturalmente, percussão latina no grupo - além de cordas, que dão um toque meio sinfônico ao tipo especial de jazz que Vitier - compositor, arranjador e band-leader apresenta: dois violinos, uma viola e um cello - aos quais se somam a bateria, e os sopros de Zalba.
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