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Aramis

PINTANDO O 7

COINCIDINDO com a visita ao Paraná do Cônsul Geral do Japão, em São Paulo, a Associação Nacional de Turismo Japonês, estará promovendo, a partir de terça-feira, uma série de atividades culturais em nossa cidade. Na Biblioteca Pública do Paraná será inaugurada uma exposição de arte e cultura, com 100 desenhos e gravuras de escolares, 31 fotografias coloridas sobre os diversos aspectos do Japão e mais 10 gravuras de renomados artistas contemporâneos. * Ao lado desta mostra plástica-fotografica, no Teatro do Paiol, no dia 20 às 21 horas, haverá um programa especial com música de "Koto" (instrumento tradicional, semelhante à harpa, com 13 cordas horizontais), bailados típicos e desfile de "Kimonos", tudo sob coordenação da professora Kinryu. * Estas manifestações são apenas um "aperitivo" da grande ofensiva cultural japonesa no Brasil programada para este ano, ao mesmo tempo em que os empresários japoneses, também, se preparam para colocar dois bilhões de dólares em industrias em nosso País - com uma pequena fatia do bolo reservada ao Paraná. Os adidos culturais japoneses no Brasil estiveram reunidos na semana passada na Embaixada, em Brasília, debatendo aspectos desta ofensiva, que inclui exposição de gravuras, festivais de filmes japoneses, concertos e shows de conjuntos musicais do Japão. Uma exposição de Xilogravuras de 36 artistas japoneses e o intercâmbio de estudantes. * Problemas burocráticos estão retardando o embarque de Fernando Velloso, diretor do Museu de Arte Contemporânea, e João Osório Brzezinski, diretor da Casa Alfredo Andersen, para Campina Grande, Paraíba, para participar do VI Colóquio da Associação Brasileira de Museus de Artes. Velloso e João Osório pretendem levar um importante trabalho sobre as diferentes experiências desenvolvidas em Curitiba, dentro do principal tema do encontro: O Museu e a Comunicação. E neste campo incluíram a "tomada" do MAC, a experiência desenvolvida pela Prefeitura na pintura de tapumes, paredões (Rua XV de Novembro, aos sábados pela manhã. * O professor Jacy Campos, da Fundepar, está coordenando um importante trabalho: a edição do calendário didático para 1974 ilustrado com reproduções de quadros dos mais conhecidos pintores paranaenses, acompanhados de objetivos textos. Para 1975, é plano da Fundação Educacional do Paraná editar um outro calendário, com trabalhos dos pintores modernos (geração 50/60) excluídos desta primeira experiência. * Enio Marques Ferreira um dos mais sérios pesquisadores das artes plásticas do Paraná, desistiu, ao menos temporariamente, do livro sobre pintores contemporâneos, que o seu amigo Cleto de Assis pretendia editar já há quase dois anos. * Ivany Moreira, ex-diretora da Casa Alfredo Andersen e figura polêmica em nosso mundo plástico, decidiu-se afinal a expor os seus desenhos - de ótima qualidade, para os poucos que os conhecem - numa individual. * Vicente Jair Mendes está seguindo os passos de Érico da Silva: teve que adiar sine die a sua segunda individual na Biblioteca Pública do Paraná, pois das 25 telas reservadas vendeu nada menos que quinze para o Hotel Mabu as outras foram disputadas por colecionadores. No ano passado, Jair já havia vendido todos os seus trabalhos expostos numa mostra na BPP. * Oldemar Blasi, diretor do Museu Paranaense e pesquisador de nossas artes plásticas, está divulgando agora os resultados de muitos anos de estudos da obra da pintura Iria Correia (1838/1887), parnanguara, considerada por muitos como a primeira artista plástica paranaense (desenho e pintura), mas com uma obra de valor muito discutível. * Embora tenha praticamente fechado seu atelier-oficina, Franco Giglio, único artista do Paraná a trabalhar com a técnica de pastilhas na execução de grandes murais, continua a desenvolver alguns trabalhos importantes. Porém, pouco a pouco, pretende criar pequenos quadros, como alguns que já executou mas que se recusa a mostrar com maior promoção. * O Salão do Mar, que reúne trabalhos de 16 de nossos melhores artistas, depois de ser levado a Paranaguá, Praia de Leste e Caiobá, será agora montado em Antonina. * Mas, os homens do Litoral não são muito apaixonados pelas artes: até agora apenas uma das telas expostas, de Luís Carlos Andrade e Lima, foi vendida. * Na semana que inicia amanhã, Erico da Silva começa a montar a decoração carnavalesca que fez para a Rua marechal Deodoro, num trabalho a que vem se dedicando, em fulltime, nas últimas três semanas. * Clotilde Valente já programou o calendário de exposições de sua galeria de Arte da Comendador: dia 3 de abril, Wilson Presli; 9 de abril, curso de serigrafia do professor Victor Gerard, acompanhado de curso com duração de uma semana. * Por outro lado, seu Centro de Arte e Criatividade começa a funcionar dia 12 de março, com três turmas. * Poty Lazarotto retornou à Guanabara na segunda-feira, pois a morte de seu grande amigo, o médico Noel Nutels - da qual só teve conhecimento no domingo passado, o abalou bastante. Poty, foi sempre um dos grandes amigos de Noel, que conheceu em companhia dos irmãos Villas-Boas, com os quais já esteve várias vezes no Parque Nacional do Xingu.
Texto de Aramis Millarch, publicado originalmente em:
Estado do Paraná
Nenhum
Tablóide
6
18/02/1973

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