Schumann quer cruzado para título de jornal
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 05 de março de 1986
Espírito empresarial e visão para negócios não faltam a Eduardo Schumann, editor do "Mercado Aberto", jornal de classificados e ofertas de circulação dirigida. Segunda-feira, bem cedo, deu entrada no processo de registro do nome "Cruzado" para publicações.
Schumann é especialista em obter registros de bons títulos, e conseguindo agora o "Cruzado" por certo passará a ter um ótimo patrimônio em termos de título editorial.
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Na linha satírica, "Chiclete com Banana", do desenhista Angeli, é hoje uma das mais elogiadas produções. Quadrinhos irreverentes, atualíssimos, com personagens marcantes. O número três, que chega hoje às bancas (48páginas, Cz$ 14,00), traz dois novos personagens - "Rigapov" e "Rihalah Rikota" e há outras atrações especiais: "envia" dois de seus colaboradores a Paris. Benevides Paixão, aquele que se acha melhor que o Paulo Francis, estréia na correspondência internacional e manda suas primeiras impressões sobre a Cidade Luz. Já Edi Campana - que não é parente do Fábio, secretário de Comunicação do prefeito Requião - e apresentado como "nosso fetichista de plantão", fala sobre a bunda e, entre uma lingerie e outra, preenche duas páginas com um catálogo de suas mulheres em Paris. "Chiclete com Banana" é uma edição da Circo Editorial, de São Paulo, que está fazendo lançamentos dos mais ousados em termos de quadrinhos.
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Já que hoje falamos em comunicação, um registro especial: o gaúcho Sérgio Caparelli reuniu vários artigos sobre jornalismo, rádio, TV e imprensa alternativa em "Comunicação de Massa sem Massa" (Summus, 3ª edição, 128 páginas, Cz$ 42,00). Em anexo, um texto bastante curioso:a íntegra do documento que o Centro de Informações do Exército preparou, nos duros anos da repressão, contra a imprensa alternativa.
Outra obra a quem se interessa por comunicação: "Relações Públicas no Modo de Produção Capitalista", de Cicilia Krohling Peruzzo (Summus, 144 páginas, Cz$ 47,90). É um estudo pioneiro na medida em que Cicilia introduz o método dialético no estudo da RP. Ou seja, pela primeira vez um texto em português aborda os RP como um meio utilizado para predispor a força de trabalho à cooperação no processo produtivo e à alienação na engrenagem social.
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