Um teatro no quintal
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 20 de julho de 1974
Em Recife, praticamente quase no outro extremo de sua cidade, o cineasta [gaúcho] Antonio de Jesus Pfeil, cujo documentário "Cinema [Gaúcho] Nos Anos 20", realizado no ano passado, foi um dos mais aplaudidos na sessão de terça-feira, no Teatro do Parque, revela um fato que, segundo ele, permanece ainda em [sigilo] nacionalmente. O advogado Paulo Couto da Silva, de Porto Alegre, notável jurista daquele Estado - amigo pessoal do ex-presidente Médici, investiu nada menos que Cr$ 600 mil na construção de um teatro de arena, em estilo grego, nos fundos de sua residência. Tendo o capricho de ir buscar peças originais na Grécia para o seu teatro, Paulo Couto - que financiará o próximo filme de Jesus (um documentário sobre a revolução entre Ximangos e Maragatos), também não deixará por menos em termos de inauguração: vai levar um frande nome do teatro brasileiro, numa peça especialmente produzida para o seu teatro. O primeiro nome que pensou foi de Paulo Autran mas, nesta alturas, desistiu, já que o grande dramático da ribalta brasileira está agora em fase inglesa faturando bastante com "Coriolano", que após sua bem sucedida temporada no Guaíra, está, desde a última terça-feira, em cartaz no Municipal, na Guanabara.
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