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Maria Creusa

Cantoras

Embalada pela classificação da ecumênica "Foi Deus que fez você" (Luiz Ramalho) no Festival MPB-80, Amelinha não poderia deixar de escalar os degraus do Olimpo musical feminino. Tanto é que a imagem de cantora despretensiosa, trajes simples, está sendo abandonada e a exemplo de outra nordestina - a baiana Maria Creusa, em seu novo disco ("Porta Secreta", CBS), Amelinha aparece em fotos bem cuidadas, maquilagem requintada e trajes finos.

MPB

Sinceramente, não entendia-mos porque Rildo (Alexandre Barreto da) Hora, pernambucano, 41 anos, não gravava um segundo elepe. Responsável por um dos melhores discos de 1971 (cremos), onde mostrava sua bela voz, seu talento de violonista e, especialmente executante de harmônica de boca, além de compositor, Rildo vinha dedicando-se apenas a produção, aliás um dos mais disputados responsáveis fonográficos da RCA, onde se encontra há anos. Antonio Carlos e Jocafi, Maria Creusa, Martinho da Vila e mesmo João Bosco tiveram em Rildo o produtor que os auxiliou a fazer muitos sucessos.

Em todas as rotações ...

1 - Os inimigos musicais dos baianos Antonio Carlos (Pinto) e Jocafi (José Carlos Figueiredo), costumam dizer que basta se ouvir um disco da dupla para se "ouvir" todos. Outros os acusam de serem excelentes jinglistas e encontram refrões que garantem os sucesso de suas músicas. Na verdade, a integração entre os dois é tão grande que Jatobá não poderia ser mais feliz ao conceber a capa do último lp da dupla ("Eles & Elas", RCA, 103.0261, setembro/78): a metade do rosto de cada um integrando-se numa face comum.

A Semana Musical

AS perspectivas musicais continuam excelentes: hoje, Jackson do Pandeiro e Alceu Valença fazem suas últimas apresentações, às 21 horas, no Teatro Guaira, dentro do Projeto Pixinguinha, que prosseguirá segunda-feira, com Joyce e Toninho Horta, compositores da maior voltagem, ela também cantora de méritos, ele um excelente instrumentista, originalmente do grupo de Milton Nascimento, hoje ensaiando sua carreira solo.

Compositores

Impossível negar: os baianos não são apenas talentosos, mas organizados. E solidários. Só isso para explicar a permanente e múltipla presença de compositores e intérpretes baianos no cenário nacional. Em várias levas, os baianos estão sempre chegando ao Sul maravilha, onde, em tempo reduzido, conseguem fazer seus discos. Mais quatro lps de baianos, na praça, todos trabalhos bastantes pessoais e sinceros. Discutíveis, talvez, os resultados, não se pode duvidar da essência.

Pastores perdidos

Jorge Amado, com toda sua áurea de maior romancista brasileiro vivo, é naturalmente, sempre uma tentação aos cineastas, na adaptação de suas estórias tão baianas - e ao mesmo tempo com tipos universais. Muito antes da família Barreto ter feito fortuna com "Dona Flor e Seus Dois Maridos", os livros de Amado, como "Mar Morto", e "Terras do Sem Fim" já inspiraram produções bem intencionadas.

Discos do Ano

A cada disco aumenta a admiração pelo trabalho de Luís Gonzaga Jr. (Rio de Janeiro, 22/9/1945), que, construindo seu caminho e abrindo seu espaço à custa de muita personalidade, divide hoje com Ivan Lins, Belchior, Fagner e alguns poucos outros compositores-interpretes, uma posição de grande popularidade junto a platéia jovem. E Gonzaguinha, independente de seu cuidadoso trabalho de composição, com músicas disputadas pelas melhores intérpretes, não se cansa de, a exemplo de seu lendário pai, percorrer os caminhos do Brasil, levando sua música/mensagem aos mais distantes pontos.

O conto adiado

Ao mesmo tempo que Maria Creusa, vinda diretamente do México para o Paraná, mostrava algumas novas músicas que constarão de seu próximo lp (como sempre na RCA), nos shows que apresentou dentro do Circuito Paraná, em seis cidades do inteiros, uma revelação aparecia nos mesmos espetáculos: Neusa Pinheiro. Paranaense de Arapongas, radicada em Londrina há muitos anos, formada em sociologia e atuando na área do sanitarismo da Secretaria de Saúde da Prefeitura daquela cidade, Neusa tem uma voz a balanço que a credenciam a uma breve profissionalização.

Disco do Ano

Por uma feliz coincidência aparecem simultaneamente novos discos de compositores-instrumentistas e vocalistas que, de uma fora ou outra, estiveram integrados ao que de melhor aconteceu na MPB nos últimos 20 anos: o emocionante << Um Pouco de Ilusão >> , com Vinícius de Moraes e Toquinho (Ariola, abril/80) - que já registramos, em comentários especial (<< Tablóide >> , 26/4/80), mas que voltamos a aqui recomendar, por registar mais um momento nesta parceria tão importante; Antônio Carlos Jobim, parceiro do grande Vinícius em tantos momentos inesquecíveis, hoje, sem favor, um dos nomes mais importante
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