Artesanato Paranaense vai à Escandinávia
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 31 de janeiro de 1985
A dinâmica Cenira Helena, presidente da Associação dos Artesãos, tem uma interessante estória que o secretário da Indústria e Comércio, Francisco Simeão, deveria ouvir com atenção. Há algumas semanas, o representante de um grande importador de produtos brasileiros, da Escandinávia, procurou o Prodap, interessado em fazer contatos de compra de artesanato paranaense. Pelo visto, apesar do Prodap ostentar o pomposo nome de Programa de Desenvolvimento do Artesanato e ocupar uma boa sede (Rua Padre Antonio, 333), seus responsáveis não tem o dinamismo necessário. Tanto é que o importador não obteve os contatos necessários e já estava desistindo, quando, felizmente, através de um artesão de Londrina, soube da existência da associação que Cinira preside. Contata, a líder dos artesãos aproximou o interessado dos possíveis fornecedores e assim, em breve, o nosso artesanato poderá chegar as lojas da Suécia, Dinamarca e Noruega – representando dólares para Brasil. Apesar da má vontade do organismo oficial, que deveria Ter facilitado os contato.
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Cenina Helena e seus colegas de diretoria da Associação dos Artesãos tem, aliás, motivos de sobra para criticar o Prodap. Por exemplo, o cancelamento da Feira Nacional de Artesanato, que nas administrações anteriores se realizava no Parque Barigüi foi comunicada friamente, com a simples alegação de "falta de recursos para pagar os Cr$ 30 milhões de aluguel do pavilhão da Diretriz".
Cenina Helena entende que os artesãos mereceriam ao menos a consideração de um encontro com os dirigentes do Prodap para discussão da questão – antes da feira ser simplesmente cancelada.
O PMDB falta tanto da frieza dos tecnocratas, mas, em alguns setores, parece agir exatamente coo aqueles a quem tanto critíca.
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