Login do usuário

Aramis

Artigo em 21.09.1985

Nino Missioneiro (Jorge Luiz Zeni), gaúcho de Estrela, 29 anos, ex- seminarista ( estudou em Paranavaí, entre l968/70), ex-lavrador e ex-camioneiro, é agora cantador e violeiro nativista. Dedicando-se à música popular desde l979, Nino conseguiu, finalmente, fazer o primeiro lp ("O Gaúcho da Querência ", RGE) e há quatro dias está em Curitiba, divulgando a música, com ajuda do sempre atuante Darcy do Espírito Santo. Gaúcho simples, com a mespontaneidade dos artistas nativistas, Nino toca violão e acordeon, e já compôs 863 músicas, das quais escolheu 12 para o elepê de estréia. Vai do satírico ("O Travesti", "Galo Delicado") até a uma homenagem a Tancredo Neves ("Brasil de Luto "). Admitindo influências de José Mendes, Nino já formou dupla sertaneja, Cancioneiro e Platinense, com a qual chegou à finalissíma do Festival Arizona em Curitiba, há 5 anos. Ligado, afetivamente ao Paraná (os pais, Arlindo e Romilda, e quatro irmãos - Ironi, Paulo Roberto, Arlindo e Carlos, que foram o grupo "Os Amantes da Saudade ", moram em Cascavel), Nino Missioneiro fez questão de começar a divulgar o disco a partir de Curitiba. E deixou acertada uma série de apresentações no "Bailão do Julinho", um dos forrós mais populares da cidade. xxx Lélio Sottomaior Jr., 39 anos, pesquisador de cinema e que, no início dos anos 60, era uma espécie de enfant terrible da crítica cinematográfica local, com defesas apaixonadas de Jerry Lewis e Hitchcock (até então marginalizados pela "inteligentzia" tupiniquim) bissextamente aparece com edições particulares para defender os cineastas de sua simpatia. Ainda agora, está distribuindo em cópias xerox, para alguns poucos amigos, um ensaio de 11 páginas sobre o que chama de "Panteões de Segunda". Em textos inteligentes e ágeis, Lélio fala da importância de diretores como Robert Aldrich, Charles Chabroll, George Cukor, Nelson Pereira dos Santos, Vicente Minelli, Otto Preminger, Luchino Visconti e Orson Welles. xxx Flávio Veloso de Castilho, 25 anos, mineiro de Belo Horizonte, ufologista e dirigente do Centro de Estudos Gnósticos, está na cidade para fazer uma palestra sobre os contatos de terceiro grau que um suíço (Eduardo Meyer) vem estabelecendo há muitos anos com seres de outros planetas. Em julho último, no congresso de Ufólogos aqui realizado, Flávio já havia trazido filmes e slides comprobatórios - segundo garante - das experiências de Meyer. Agora, com mais vagar, vai entender as explicações, em palestras no auditório da Associação Comercial, quarta-feira à noite.
Texto de Aramis Millarch, publicado originalmente em:
Estado do Paraná
Nenhum
Tablóide
21/09/1985

Enviar novo comentário

O conteúdo deste campo é privado não será exibido publicamente.
CAPTCHA
Esta questão é para verificar se você é um humano e para prevenir dos spams automáticos.
Image CAPTCHA
Digite os caracteres que aparecem na imagem.
© 1996-2016. tabloide digital - 35 anos de jornalismo sob a ótica de Aramis Millarch - Todos os direitos reservados.
Desenvolvido por Altermedia.com.br