A cidade Garcez
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 26 de novembro de 1975
O arquiteto Luiz Armando Garcez que, durante 8 anos, foi o todo poderoso presidente da Companhia de Urbanização de Curitiba, apesar de ter deixado a nossa cidade, quando foi substituído no comando da empresa pelo engenheiro Cassio Taniguchi, continua a ser um admirador do que aqui foi feito em termos de renovação urbana. Entusiasmo que transformou em livro, "O Homem Urbano" (GRD, capa de Tunga, São Paulo, 11 páginas), enfeixando vários trabalhos, com subsídios conseguidos em estudos de campo, abordando os fenômenos populacionais de diversas cidades da América Latina, tratando, com especial atenção do problema das migrações rurais, responsáveis, por exemplo, pelas favelas cariocas.
Analisando o livro de Garcez - hoje radicado no Rio de Janeiro, integrando a bem remunerada equipe de arquitetos do BNH - o jornalista João Luiz Faria Neto, editor de pesquisa e documentação do "Jornal do Brasil", lhe dedicou simpática crítica, na edição de sábado, 22 de novembro, do suplemento "Livro". Diz Faria Neto, no encerramento de seu comentário: "O importante, além dos números e das constatações, está num fato bastante simples: as cidades começam a ser tratadas humanamente além da análise de ocupação do solo e dos chamados retornos de investimento para o setor habitacional. Elas, no intrincado que representam, começam a merecer o respeito a que tem direito o corpo dos homens, onde vivem criaturas que pensam, sonham, desejam e sofrem a experiência do existir".
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