Ciência e Tecnologia também tem sua mostra
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 09 de outubro de 1987
Dentre os múltiplos eventos que marcam a I Mostra do Cinema Latino-Americano do Paraná, um dos mais importantes encerra-se hoje, atingindo um público dirigido: a apresentação de trinta filmes, transpostos em vídeo, sobre Ciência e Tecnologia (em sessões no CEFET e Universidade Federal do Paraná, com bom público).
Graças a colaboração da pesquisadora Vera Brandão, técnica em pesquisa e documentação da Cinemateca do MAM - Rio de Janeiro e que assessorou a Isidoro Alves na coordenação da I Mostra de Filme e Vídeo em Ciência e Tecnologia (Rio, 6 a 12 de abril), os melhores trabalhos daquela mostra promovido pelo Museu de Astronomia e Ciências Afins (dirigido pelo astrônomo Ronaldo Mourão) foram trazidos, graciosamente, a Curitiba. Exibidos para estudantes e professores, os 30 filmes atingiram um público especial, que se entusiasmou com a forma, inteligente e criativa com que cineastas que se voltam aos temas científicos, aparentemente difíceis de serem traduzidos em imagens didáticas.
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Os programas foram divididos em blocos, com trabalhos específicos. Assim, a abertura se deu com "Introdução aos Computadores", de Daniel Schorr e Marcos Magalhães; "Abrolhos - Um Mergulho na Ciência", de Roberto Faissal Jr; "Um Caso de Vida ou Morte", de Jussara Queiroz, "Pantanal: Vida ou Morte?", de Lise Torok e Helena da Rocha; "Problemas Ambientais do Rio de Janeiro", de Jaime Guimarães. "A Classe que Sobra", um documentário sobre questões agrárias, no ponto de vista científico, realizada por Peter Overback, constou do segundo programa, na qual estiveram também filmes de Pablo Nobel ("Rã"), Emiliano Ribeiro ("Tuberculose"), Angela Freitas ("Norplant"), Angela Freitas ("Camisinha" e "Pílulas Anticoncepcionais").
No terceiro programa, foram vistos "Desarmamento das Abelhas" de Miguel Borges; "A Tocha - A Nova Imagem", de Carlos Oliveira e "Infinita Tripicália" de Aílson Ruiz (este também exibido na mostra do Lido I).
Paula Saldanha, poeta e a bela ex-repórter da Globo, co-realizou com Roberto Werneck "O Homem Primitivo Brasileiro", que abriu a quarta programação, que incluiu "A Energia a Serviço do Homem", de João Carlos Spósito; "Terra Queimada de Sangue - Reforma Agrária", de Guy Bouque; "A Saúde do Amor", de Carlos e Antonio Berbase (realizadores gaúchos) e "Desenvolver e Conservar" de Guilherme Loureiro.
"Dandara - Mulher Negra", da mineira Regina Mota; "Comunicação: Transformações e Sociedade", de Magro Quinaud e Maria Lúcia Braga; "Desenvolvimento Urbano", de Regina Mota e "Psycuba", da paulista Heide Tabacof integram o programa desta sexta-feira.
Um complemento a mostra, inclui filmes do sistema planetário - já que a coordenação foi do próprio astrônomo Ronaldo Mourão.
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