Login do usuário

Aramis

Era do CD amplia o mercado clássico

O crescimento impressionante do mercado do compact disc - a tal ponto que se reduzem as previsões de que o vinil ainda teria público até o final do milênio - beneficiou, basicamente, o público que consome música clássica e jazz. Exigente pela sua própria cultura, buscando sempre as melhores gravações, esta faixa (privilegiada) de colecionadores, que tradicionalmente já vinha se abastecendo de produtos importados, passa a ter graças a gravadoras como a Polygram, lançamentos cada vez melhores e atualizados, que estão saindo no Brasil quase que simultaneamente ao Exterior. Isto deve-se a competência de seu departamento de clássicos e jazz, que depois de ter o veterano Maurício Quadrio (hoje na Sony) como seu primeiro executivo-senior, foi dirigida pelo jovem Leonardo Barros - tão competente que hoje é um gabaritado diretor na Philips, em Amsterdan e que, ficou em mãos igualmente competentes, da bela e dedicada Fátima Figueiredo, - que vem mantendo a qualidade e atenção com que faz a Polygram, com suas várias representadas, lidera este mercado - regionalmente cuidado com atenção por Roberto Berro e Emilson Pohl, junto a pontos especiais de vendas. O último suplemento clássico, em CD, da Polygram, traz além de um maravilhoso lançamento duplo com uma nova integral do mais fabuloso musical de todos os tempos - "West Side Story", de Leonard Bernstein e Stephen Sondheim, que registraremos com vagar na próxima semana, também um audacioso "Wien Modern", com exemplos de Wolfgang Rihm, Gyorgy Ligetti, Luigi Nono e do francês Pierre Boulez, e quatro produções com obras de autores que se podem chamar de clássicos: os estúdios, prelúdios e Polonaises de Fréderic Chopin com o pianista Maurizio Pollini, a brasileira Cristina Ortiz acompanhada da Royal Philharmonic Orchestra, sob regência de Mosehe Atzmon, executando "A Grande Fantasia Triunfal de Gottschalk (variações sobre o Hino Nacional Brasileiro), ao lado de peças de Addinsel, Rachmaninow e Litolff. E do grande mestre Tchaikovsky, obras monumentais: com a Gothenburg Symphony Orchestra, regida por Eeema Jarvi, a "abertura solene 181", "Marcha Eslava" e, com Filarmônica de Berlim, regida por Karajan, as suites dos ballets "A Bela Adormecida", "O Lago dos Cisnes" e "O Quebra Nozes". Ou seja, obras perfeitas para serem absorvidas com toda atenção por uma faixa classe "A" de ouvintes que, nestes tempos de poluição sonora, conseguem preservar, ecologicamente, seus ouvidos com a melhor música dos grandes mestres.
Texto de Aramis Millarch, publicado originalmente em:
Estado do Paraná
Almanaque
Música
4
13/10/1991

Enviar novo comentário

O conteúdo deste campo é privado não será exibido publicamente.
CAPTCHA
Esta questão é para verificar se você é um humano e para prevenir dos spams automáticos.
Image CAPTCHA
Digite os caracteres que aparecem na imagem.
© 1996-2016. tabloide digital - 35 anos de jornalismo sob a ótica de Aramis Millarch - Todos os direitos reservados.
Desenvolvido por Altermedia.com.br