Geléia Geral - As meninas do Bananarama
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 17 de fevereiro de 1985
Há cantoras cujas vozes fazem com que se esqueça dos visuais. Há casos contrários: o visual justifica a pobreza vocal. No caso das três jovens do trio Bananarama pode-se dizer que só pelo visual de Karen, Sarah e Elisabeth já se tem prazer ao "ver" o disco. São três belezas de mulheres, que mesmo não cantando com a mesma força tem um público crescente. Pouco mais de um ano após o surgimento do primeiro elepê, a Polygram nos traz estas garotas num novo disco - suave e harmonioso, mas sem deixar de ter os toques elétricos em alguns momentos - já que o alvo é o público na faixa dos 20/30 anos. São músicas inéditas - "Cruel Summer", "King of the Jungle", "Statei'Mim", entre as mais interessantes - que nos conduzem ao bom astral das meninas. Pena que o departamento de imprensa da Polygram, tão competente, não tenha providenciado um melhor material informativo sobre as moças.
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Falando em mulheres bonitas e boas músicas, um registro necessário, a terna Carly Simon, 42 anos, ex-senhora James Taylor, está reaparecendo após algum tempo de ausência. Graças ao bom gosto de Sérgio Motta, uma seleção de seus melhores sucessos foi reunida num interessante álbum da Sigla/Som Livre, lançado há algumas semanas mas que se perdeu frente ao torrencial pacote de discos de rock/pop etc., que "Rock in Rio", provocou nas últimas semanas. Carly, com toda aquela ternura que já cativava há alguns anos, interpreta "Nobody Does It Better", "You're So Vain", "Legend On Our Own Time", "Anticipation", "You Know What To Do", entre tantos belos momentos de sua carreira.
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Steve Miller, 15 anos de carreira, 14 LPs, é um colecionador de discos de ouro. Depois do álbum "Abracadabra", Miller volta com uma nova produção de fácil assimilação ("Italian X-Rays", Mercury/Polygram). Steve tem muitos anos de estrada: aos 12 já participava de uma banda de blues que percorria o Interior dos Estados Unidos, nos anos 50 mudou-se para Chicago, ali trabalhando com Muddy Waters, Sharkey Jake, Paul Butterfield, Barry Goldberg e outros. Depois foi para San Francisco e, em 1968, com "Children of the Future", aparecia a Steve Miller Band. Mas passaram-se 5 anos até que acontecesse uma produção decisiva: tanto o álbum "The Joker" quando a canção do mesmo nome alcançaram disco de ouro nos EUA. "Fly like an Eagle" (1976) repetiu o sucesso, assim como "Book of Dreams" (1977), este superando a marca dos 3 milhões de cópias vendidas. Em 1981 tivemos "Circuite of Love" e, finalmente, há 3 anos "Abracadabra", sucesso internacional. Agora, neste "Italian X Rays", uma produção feita com olhos para ultrapassar os êxitos anteriores.
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A telenovela "Livre para Voar" ao ter "You're My Woman, You're My Lady" incluída em sua trilha sonora garantiu a popularidade de Jamim Tizzik no Brasil. E assim, antecipando o elepê, a Polygram já lançou um compacto no qual além deste hit de Tizzik, temos ainda "Jammin In Manhattan".
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Quem se lembra de Wanderley Cardoso (São Paulo, 10/3/45), que chegou a aparecer na época da Bossa Nova, com sucessos românticos? Pois Wanderley está voltando, em compacto simples da Copacabana, com uma música intitulada "Vamos tentar mais uma vez", que ele próprio "adaptou" do Noturno Opus 9, de Chopin. Será que o título é uma ironia do próprio Wanderley?
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Como está na moda as crianças fazerem seus discos, o filho do cantor Paulo Sérgio, falecido há alguns anos, também ganhou um compacto: "A Primeira Canção" e "Eu Queria".
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Com toda sua sensualidade, Gretchen tem apelo junto ao público infantil, vejam só: seu novo compacto traz mais duas industrializadas músicas do seu astuto produtor, Mister Sam: "Bate, Bate Coração" e "Brack Boom Boom".
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Walter Queiroz, um bom compositor baiano, agora também atuando como jornalista na equipe que tenta rejuvenescer "O Pasquim", foi contratado pela Sigla. E antecipando seu elepê, temos um compacto simples com "Namorando a Alegria" e "Felicidade Atual".
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Outro baiano que está na Sigla é Bruno, 21 anos, fã da bossa-nova mas ligado ao som pop, já com um disco independente, e que após muita luta conseguiu a chance de fazer um compacto simples, na linha rock, com produção do especialista Ezequiel Neves: "Prá Escorregar em Mim" e "Sorriso Azul", composições próprias.
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Fátima Mello, uma bela morena, entrando no mercado musical com seu primeiro compacto, no qual interpreta "Sentimentos" e "Febre".
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Fafá de Belém está tão preocupada em fazer política e badalar nas festas do poder que vem esquecendo de cantar. Para não ficar totalmente por fora a Sigla lançou um compacto simples em que a gorda paraense interpreta "Credo" (Milton Nascimento/Fernando Brant) e um antigo sucesso de Lupicínio Rodrigues ("Volta").
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Já Neuzinha Brizola continua insistindo: também em compacto simples da Sigla, vem com "Álbum de Retrato" e "Me dá um Tempo".
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Também em compactos, Guilherme Arantes com "De Repente" e a sua parceria com Paulo Leminski - "Xixi nas Estrelas". Hyldon catipultuado [catapultado] um pouco com a inclusão de "Movas Emoções" na trilha sonora de "Livre para Voar".
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