Glacy & Max
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 11 de dezembro de 1985
Glacy Gotardello, a mignom coordenadora de música do Solar do Barão, que compensa o seu aspecto frágil com um grande dinamismo, com um sonhado projeto para 1986: uma longa temporada na Itália, fazendo cursos em várias áreas. A propósito, Glacy foi quem deu imediata assistência ao violinista Max Rostal, 80 anos, quando ele teve um pequeno problema cardíaco e caindo ao palco da Sala Scabi, fraturou a mão direita - há uma semana. Apesar da vinda de padioleiros do Hospital do Coração, o mestre suiço, recuperando-se, fez questão de descer as escadas (aliás, diz Glacy, que ele foi que insistiu em dar suas aulas naquele local, no 2º andar do Solar). Com extraordinário vigor, já na sexta-feira, Max voltava às aulas e, ao lado da esposa Maria, mostrava humor. Em Curitiba, o casal foi hóspede da violinista Ruth Yuks, integrante da Camerata Antigua, e cuja filha, Betina, é discípula de Max Rostal na Alemanha.
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Max Rostal , que passou este início de semana em São Paulo, de onde retorna para a Europa, veio a Curitiba por um cachê bastante razoável, considerando o seu prestígio: apenas US$ 3 mil. Mais de 100 violinistas, de várias partes do Brasil, atraídos pelo seu conceito de grande mestre do instrumento, aqui estiveram tendo aulas. Na opinião de Glacy Gotardello, "o vigor do mestre Max é tamanho que acredito ele se recuperará da fratura e em breve estará podendo novamente tocar seu instrumento". Um detalhe: ele sentiu-se mal e veio a desmaiar, na manhã de quinta-feira, após apresentar uma peça de Brahns, executada com emoção e aplaudida por 3 minutos pelos alunos.
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