Gravações no Sir
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 16 de março de 1978
A partir do dia 29, Sir - Laboratório de Som e Imagem, com 8 canais e 16 de mixagem passa a ser ocupado, em longas sessões, por artistas, contratados da Continental.
Dois diretores da fábrica paulista, Alberto Ferreira e Wilson Miranda (este ex-cantor de sucesso nos anos 50), já firmaram contratos com Percy Tamplim, proprietário di SIR, para tranferir a Curitiba a gravação de muitos cantores, instrumentistas e conjuntos, principalmente de Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
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Além dos poucos estúdios de gravação de São Paulo e Rio de Janeiro estarem com seus horários totalmentes ocupados, o Sir, após a última ampliação que sofreu, quando Percy investiu quase Cr$ 5 milhões, ali colocando o mais moderno equipamento de gravação possível de ser importado, oferece, agora, excelentes condições técnicas: Com uma boa equipe de profissionais e amplos estúdios, surge, naturalmente, como opção para a produção dos discos com artista do Sul do País. Bandas e corais típicos de Santa Catarina, que constantemente estão fazendo discos para a Continental (e sua subsidiária, Chantecler), podem parar agora em Curitiba, inclusive num custo operacional menor. Assim une-se a rapidez do trabalho, a qualidade técnica e a economia.
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De principio, não se falou no caso dos cantores e compositores paranaenses, sempre na boca-de-espera de uma chance maior. Mas, naturalmente, iniciando-se um maior intercâmbio, com a vinda a Curitiba de produtores, arranjadores e músicos da Continental, ampliam-se as chances de nossos melhores autores e intérpretes terem suas levadas a cera. Celso Locker, o "Pirata" , advogado da Prefeitura e que há meses vem ensaiando a gravação de um compacto duplo, em produção independente - e que já bateu, inutilmente, nas portas de várias fábricas (philips, Odeon), é um dos mais esperançosos De qualquer forma, o seu primeiro disco vai sair, mesmo tendo que pagar uma parte dos custos de produção.
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