Iniciação a Einstein
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 18 de novembro de 1984
Mais quatro títulos nas coleções de cuca da Brasiliense, em formato de bolso - Cr$ 2.900,00 cada (portanto, mais barato do que qualquer revista de atualidade). Na coleção "Primeiros Passos", "O que é filatelia" de Raymundo Galvão de Queiroz e "O que é Psicanálise" (2a. visão) de Oscar Cesarotto/Márcio Leite. Na coleção "Encanto Radical", a biografia de Albert Einstein, por Harvey R. Brown. E em "Tudo é História", o interesantíssimo ensaio de Paulo T. C. Medeiros sobre um dos mais marginalizados períodos da MPB - "A Aventura da Jovem Guarda", que registraremos, com mais vagar, em próxima ocasião.
"Um Simples Homem de Visão", o subtítulo do volume dedicado a Albert Einstein (1879-1955) é um objetivo estudo de 106 páginas sobre um dos gênios da humanidade. No ano de 1905, Einstein publicou, na Alemanha, três artigos. Os historiadores costumam referir-se 1905 como o annus mirabilis, o ano milagroso. Harvey Brown, 34 anos, um americano que foi criado nos EUA e na Nova Zelândia (onde graduou-se em física), desde 1978 no Brasil, como professor do Centro de Lógica, Epistemologia e História da Ciência da Unicamp, em Campinas, procura explicar o "milagre" que o jovem Einstein provocou e que pertubariam e deliciariam autoridades do mundo científico na Europa e além-mar. Elogiado e atacado, Einstein seria, por causa dessa mesma revolução, um dos poucos cientistas da era moderna que se envolveria tão profundamente em questões políticas. Entretanto, sua resposta ao convite para candidatar-se à Presidência de Israel diria sobre ele muito mais que os louvores e as críticas:
-"Sei um pouco sobre a natureza e quase nada sobre os homens".
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