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Aramis

Lolô & o turismo (III)

Examinando-se os estudos de desenvolvimento turístico que o arquiteto Ayrton Cornelsen ofereceu ao deputado Maurício Fruet, para que transforme em projetos de lei, dando condições no governo de concretizá-los, impressiona a objetividade das idéias sugeridas. Lolo Cornelsen, ex-diretor geral do DER com projetos turísticos espalhados na Europa e África, teve a preocupação de fazer sugestões inteligentes, com mínima aplicação de recursos e que poderão ser concretizados a curto prazo. Duas de suas múltiplas idéias virão beneficiar uma área próxima a Curitiba até hoje abandonada pelas sucessivas administrações municipais. Na altura do Rio Iguaçu (BR-277 entre Curitiba Paranaguá), Cornelsen sugere a construção de um canal de 2 quilômetros de extensão por 200 metros de largura, com profundidade de um metro de água, com regulador. Esta "raia" poderá desenvolver a pratica da regata, esporte até hoje praticado apenas nos Estados do Rio, São Paulo e Rio Grande do Sul. Cornelsen propõe, inclusive o aproveitamento do material a ser extraído com a escavação do canal para a construção da acalentada Avenida das Torres, obra projetada pelo IPPUC há mais de 10 anos e que apesar de ter convênios de construção assinados pelo ex- prefeito Jayme Lerner com o DER, logo no início de sua administração, continua apenas no papel. O canal, além de seu aproveitamento turístico, virá também se integrar no programa de saneamento da extensão baixa que prejudica o desenvolvimento daquela zona. Outro projeto de Cornelsen, que Maurício Fruet vai defender com unhas e dentes na Assembléia, está em instalar na extensa área do Canguiri, pertencente à Policia Militar do Estado, um Centro Esportivo Nobre, compreendendo um campo de golfe de categoria internacional, centro hípico (aproveitando inclusive instalações já existentes) e estandes de tiro ao pobo, vôo e prato. Este complexo esportivo poderá motivar a inclusão do Paraná no calendário de competições internacionais, atraindo para Curitiba as atenções de adeptos destas modalidades esportivas de vários países e que, na maioria das vezes, são também poderosos empresários e executivos. Paralelamente, organismos de desenvolvimento (BADEP, Banestado, URBS, etc.) poderão montar estandes e exposições no local, matando-se assim dois coelhos de uma cajadada: os eventos esportivos-turísticos, movimentando a cidade e trazendo até nós pessoas importantes e que poderão canalizar para nosso Estado futuros negócios.
Texto de Aramis Millarch, publicado originalmente em:
Estado do Paraná
Nenhum
Tablóide
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26/03/1975

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