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Aramis

Mais uma vez é a carnavalesca Rosa que veste os bailarinos

Se os artistas plásticos do Paraná fossem como os paulistas, também em Curitiba poderia aparecer uma polêmica como a que está fazendo o Memorial da América Latina (que o governador Quércia quer inaugurar em outubro, com a presença de Fidel Castro) transformado-se num memorial da discórdia. É que mais uma vez, uma carioca, a carnavalesca Rosa Magalhães, foi contratada para executar os figurinos de uma produção da Fundação Teatro Guaíra. Naturalmente, com um pagamento a altura de seu nome, profissional que é disputada por desde escolas de samba até redes de televisão (foi a diretora de arte da minissérie "O Tempo e o Vento", da Globo). No ano passado, Rosa já havia faturado o contrato para fazer os figurinos e adereços da produção que levou o Ballet Guaíra a se apresentar com "Lendas do Iguaçu", defronte as Cataratas, em Foz do Iguaçu. E, anteriormente, Rosa fez outros trabalhos profissionais em Curitiba, cidade na qual tem grandes amigas. Como os (poucos) artistas curitibanos que poderiam executar trabalhos de criação de figurinos, adereços e mesmo cenários como Rosa Magalhães sabe fazer, reconhecem a sua competência, a sua escolha, mais uma vez, para fazer os trajes que as bailarinas do Guaíra mostrarão na montagem de "A Dança da Meia Lua" não provocaram ainda protestos. Ao contrário, talvez com a sua presença constante entre nós, no futuro - quem sabe? - apareçam talentos capazes de fazerem criações tão bonitas e esmeradas como ela sabe apresentar. xxx A produção de "A Dança da Meia Lua", ex- "O Romance das 4 Luas", ex "João de Barro" (auditório Bento Munhoz da Rocha Neto, estréia dia 21, ingressos entre Cz$ 500,00 a Cz$ 400,00) é o exemplo da integração de talentos vindos de várias partes: a música é dos cariocas Edu Lobo e Chico Buarque; o libreto do maranhense Ferreira Gullar; a coreografia e a direção geral de Rodrigo Pederneiras, há anos diretor do grupo Corpo, de Belo Horizonte; a direção cênica de Myrian Muniz, de São Paulo e a direção artística do português Carlos Trincheiras (este, afinal, há quase uma década o eficiente diretor do Ballet Guaíra).
Texto de Aramis Millarch, publicado originalmente em:
Estado do Paraná
Almanaque
Tablóide
3
05/04/1988

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