No campo de batalha
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 29 de julho de 1987
O grupo de trabalho criado pelo secretário René Dotti, da Cultura, para promover estudos sobre a necessidade e a viabilidade da criação de uma Fundação Estadual do Livro, terá até o dia 16 de agosto para concluir seus estudos.
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Houve duas substituições, a pedido, no grupo: a jornalista Rosirene Gemael e Regina Benitez saíram e em suas vagas entraram o jornalista Manoel Carlos Karam e a senhora Marlene Rodrigues, coordenadora de Comunicação Cultural.
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Aliás, a questão da criação de uma Fundação Estadual do Livro é polêmica: muitos acreditam que mais importante do que instituir mais uma onerada sigla e abrir empregos, é importante fixar uma política inteligente em relação ao estímulo editorial.
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O Rio Grande do Sul é um bom exemplo: lá a indústria editorial é forte e cresceu graças a vários instrumentos. Quem tem boas informações a respeito é o professor e editor Roberto Gomes, dono da mais organizada editora do Paraná - a Criar.
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Outra pessoa que conhece, em profundidade, os problemas editoriais é a professora Cassiana Lícia Lacerda Carolo. Foi ela que, na administração Luiz Roberto Soares, viabilizou excelentes lançamentos, com repercussão nacional.
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No governo José Richa, com a calamitosa administração cultural, praticamente nada de importante foi publicado.
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Não é só o Tribunal de Contas que vem requisitando inúmeros servidores de várias secretarias. A Assembléia Legislativa também tem uma impressionante folha de funcionários a disposição de seus deputados.
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Por exemplo, nas últimas semanas, passaram ao Legislativo os servidores Bárbara Pinheiro Machado Fernandes Maia Moraes, da FUNDEPAR; Orlando Ferreira e Rubens Bremer; Julcimara Ribeiro da Costa, Sérvulo Batista da Cruz, Yeda Barbosa.
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Para o Tribunal de Contas, foram mais quatro funcionários da Secretaria da Segurança: José Nelson Murad, Vicente dos Santos Castro, Maria Domicilia de Souza Maranhão e Shirley de Castro.
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E para mais longe, a Rondônia, continua a professora Inez Terezinha Fini Kaway.
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Como se vê, a ciranda funcional é ampla.
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Na Casa Civil as centenas de vagas continuam a ser preenchidas: Ivo Clóvis Cunha, Hideo Nakayama, Nelson de Souza Ramalho e Odete Vilela Ximenez são os novos premiados com funções muito bem remuneradas.
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A propósito, escolhidos os diretores da recém criada Fundação de Esportes do Paraná: Paulo Roberto de Oliveira na direção técnica e José Geraldo Genesin na direção administrativa e de finanças.
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Publicação oficial com linguagem pesada, redigida em economês, "Análise Conjuntural", órgão oficial do IPARDES, traz, surpreendentemente, uma entrevista com Ignácio Rangel, maranhense, 73 anos, economista dos mais respeitados, com texto digerível mesmo para quem não está afeito a linguagem dos tecnocratas.
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Assessor econômico do presidente Getúlio Vargas no pós-guerra, quando participou dos projetos PETROBRÁS e ELETROBRÁS, e posteriormente, coordenador do programa de Metas no BNDE, autor de vários livros, Rangel falou sobre a realidade brasileira a Arthur Indjaian, da equipe do "Análise Conjuntural".
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