No campo de batalha
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 10 de abril de 1990
Reflexos da recessão junto à Classe A: o mais badalado restaurante de hotel da cidade, famoso pela feijoada - reunindo políticos, socialites, empresários, etc. - estava às moscas no último sábado. Com o preço a Cr$ 550,00, muita gente está optando por formas mais econômicas.
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Boris Yeltsin, o deputado do povo mais votado em 1989 e o mais radical defensor das reformas econômicas e políticas na URSS, escreveu "Ismpovied Na Zadannieu Temu", que em de Paulo Bezzerra, foi lançado há um mês pela Best Seller (256 páginas, Cr$ 980,00). Yeltsin ficou famoso pelo seu horror a burocracia partidária e a incompetência, defendendo maior rapidez na Perestroika e uma maior participação do povo no processo.
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Emoção, lágrimas e aplausos! Ao final da pré-estréia para jornalistas, médicos, lideranças ligadas a instituições de reabilitação, etc. O filme "Meu Pé Esquerdo", de Jim Sheridan (lançamento nacional, Cine Astor, quinta-feira) entusiasmou a todos. Unanimidade de opiniões: ninguém poderia tirar de Daniel Day Lewis ("Minha Querida Lavanderia", "Uma Janela para o Amor", "A Insustentável Leveza do Ser"), o Oscar de melhor ator por sua esplêndida atuação como Christy Brown (1932-1981), paraplégico que só podendo usar o pé esquerdo tornou-se um grande pintor. Um filme de visão obrigatória a partir desta quinta-feira.
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Atenção: as últimas 8 sessões para se emocionar com a mais terna homenagem já feita a Usina dos Sonhos: "Cinema Paradiso" encerra sua carreira (Cinema I, 4 sessões) amanhã, sem previsão de retorno - após seis semanas com boa bilheteria. Uma obra prima, consagrando Giuseppe Tortaroe, Prêmio Especial de Público em Cannes (89), Fênix, de melhor ator (Philip Noiret) e, finalmente, Oscar de melhor filme estrangeiro, é indispensável ver (e rever) este momento mágico sobre o cinema. Agora, aguardamos outra belíssima obra que aborda o mesmo tema: "Splendor", de Ettore Scola, que Levi e Aleixo, da Vitória Cinematográfica, promete para estrear dentro de alguns dias.
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A área da astrologia é tão fértil que a editora Agora/Summus criou uma coleção - "Astrologia Contemporânea" - para editar os autores que têm se destacado na busca de uma leitura clara dos mapas astrológicos. E nesta coleção saiu "O Espelho Partido - Astrologia & Psicopatologia", de Rui Sá Silva Barros (168 páginas), que mostra como a astrologia pode contribuir para a diagnose e prevenção na área da saúde mental e analisa a correlação entre certas configurações astrológicas e determinadas patologias.
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Já a Ibrasa publicou uma obra de área próxima: "Os Astrônomos Pré-Históricos do Ingá", de Francisco C. Pessoa Faria. Durante 30 anos o autor estudou o conjunto de pedras com inscrições existentes na Paraíba, cujas origens desafiam os especialistas: o que significam? Seus autores seriam os índios Cariris, os antigos navegantes gregos, egípcios ou os "Deuses Astronautas"? O resultado é um livro de 108 páginas para entusiasmar os que gostam do gênero da ciência com traços de SF.
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