Polo Petroquímico
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 05 de setembro de 1974
No dia 1o de outubro, no confortável auditório do Banco de Desenvolvimento do Paraná, os empresários paranaenses ficarão conhecendo, em detalhes, um dos mais importantes projetos já elaborados para o desenvolvimento do Estado: a fixação do Polo Petroquímico no Paraná. Já entregue há cerca de 60 dias ao presidente da República e ministros da área relacionada ao projeto, o estudo elaborado pela equipe do Badep só agora começará a ser divulgado de forma mais ampla, motivando a opinião pública sobre a importância para que o Paraná seja escolhido, pelo governo federal, na fixação deste polo - o terceiro em todo o País - ( os dois outros estão em São Paulo e na Bahia). Ontem, durante informal almoço com grupo de jornalistas, Luiz Antonio Fayet, presidente do Badep e, de certa forma, responsável pelo importante projeto desde seus primeiros passos, revelou que dão a sua dimensão - cuja importância para o nosso Estado precisa agora ser comunicada à população, através de um cuidadoso esquema de divulgação. Previsto para 1980, o Polo Petroquímico representará um investimento total de um bilhão de dólares - ou seja, três vezes o orçamento global do estado do Paraná. Compreendendo 19 unidades industriais - 5 das quais na linha de fertilizantes e 14 outras de subprodutos de petróleo - o Polo Petroquímico é reivindicado também pelo Rio Grande do Sul, mas o projeto elaborado pelo Badep alinha, com sólidas argumentações, uma série de razões que justificarão amplamente sua vinda para o Paraná - em local ainda não definido, mas que não será em Curitiba. A instalação da refinaria da Petrobrás em Araucária - que há 3 anos justificou semelhante mobilização de esforços do governo, iniciativa privada e opinião pública, as amplas possibilidades oferecidas com a industrialização do Xisto Betuminoso - os resultados da Usina Protótipo de São Mateus do Sul são dos mais animadores - são pontos que reforçam a posição do Paraná e que serão, demoradamente, analisadas por Fayet em sua palestra no dia 1o de outubro.
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