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Cinemas de Curitiba

Chineses, desenhos, italianos e até uma homenagem a Hammett

Para uma época de férias escolares - o que significa vacas magras em termos de lançamentos, com as salas ocupadas por comerciais programas destinados ao público infantil - até que a situação poderia ser pior. Felizmente há opções, para quem não esteja preso ao vídeo esquemático e que retira metade do prazer de se ver um filme em tela ampla.

Um filme de Costa-Gravas sobre racismo na América

A mais impressionante estréia da semana chega inesperadamente, de surpresa: "Atraiçoados" (Betrayed) de Costa-Gravas, 56 anos, o mais corajoso cineasta político contemporâneo - e que desde 1968, quando "Z" ganhou o Oscar de melhor filme estrangeiro se dedica a um cinema de denúncia. "Betrayed" aborda a questão do racismo nos EUA e, especialmente dos grupos radicais - a partir do assassinato de um radialista em Denver, há 5 anos, com Debra Winger e Tom Berenger na frente do elenco deste filme que é de visão obrigatória e merecerá atenção especial. Em exibição no Lido II, desde ontem.

Festival de Gramado levará filmes para nove capitais

Uma novidade absoluta em termos de marketing festivalesco: pela primeira vez no Brasil (e talvez até no mundo) os filmes inéditos que concorrem numa mostra serão vistos, simultaneamente, em sessões comerciais em nove outros Estados. A novidade acontece no 17º Festival de Gramado (11 a 17 de junho), com a apresentação dos seis longas que ali disputam os Kikitos, também em salas do Rio de Janeiro, São Paulo, Fortaleza, Belo Horizonte, Recife, Florianópolis, Salvador, Belém e Curitiba (Lido II, 320 lugares). xxx

Nem Cristo tentou mais o espectador

Polêmica não lota mais cinema. Prova disto é que apesar das milhares de centimetragens que a imprensa nacional e regional dedicou para "Última Tentação de Cristo", ameaças de protesto e explosões nos cinemas que o exibiram e as "vigílias religiosas" que as ingênuas freirinhas fizeram na galeria dos Cines Lido I/II - o filme de Martin Scorcese não foi uma atração fatal para os católicos (e não católicos). Estreou no dia 25 de novembro e ao final de uma semana, o Lido l, com seus 550 lugares, apresentava um borderô de 4.208 espectadores, que cairia para 2.650 na semana seguinte.

Cachorro japonês e a Igreja política são os lançamentos

Mais uma semana com duas estréias, algumas reprises e continuação dos filmes que estão obtendo boas bilheterias. Em compensação, uma estréia não poderia ser melhor: um documentário sobre a Teologia da Libertação em vários países do continente latino-americano, num trabalho corajoso e independente de Geraldo Sarno - "Deus é um Fogo" (Cine Groff, 5 sessões), que merece registro a parte.

Depois da poesia de Manoel, Joel descobre Sucksdorf

O cineasta Joel Pizzini Filho aproveitou bem os dias que passou em Curitiba na semana passada. Começou fazendo uma sessão especial de "O Inviável Anonimato do Caramujo-Flor ou A/C de Manoel de Barros", que lhe valeu três premiações no XXI Festival do Cinema Brasileiro de Brasília. A sessão foi para Sérgio Reis, diretor de marketing do Bamerindus, que confiando no talento de Pizzini, foi quem liberou os recursos que possibilitaram a produção do filme - que ainda não tinha visto.

Jodie, o azarão da 61ª festa do Oscar

Pode-se até dizer que a distribuição foi equilibrada, embora com azarões: afinal, quem imaginaria que Jodie Foster, 27 anos, acabaria levando o Oscar de melhor atriz - num páreo que tinha pelo menos três candidatas bem mais fortes - Sigourney Weaver (dupla indicação, principal por "Nas Montanhas dos Gorilas", coadjuvante por "Uma Secretária de Futuro", perdeu nas duas), Glenn Close (em sua quarta indicação) e a maravilhosa Merryl Streep (já premiada duas vezes).

Na semana do Oscar, uma grande estréia inglesa

Os filmes que participaram da festa do Oscar, encerrada na madrugada de ontem, que estão em cartaz em Curitiba, terão suas platéias ampliadas. Em primeiro lugar, "Rain Man", de Barry Levinson, com suas quatro premiações, em cartaz no Condor, emplacará no mínimo seis semanas de exibição. Além de melhor filme, "Rain Man", que tem como tema o reencontro de dois irmãos, conferiu a Dustin Hoffman a estatueta de melhor ator do ano.

Sexo sem excitação (em ritmo inglês)

20 anos depois de ter surgido na televisão inglesa, renovando-se em termos de sátira e crítica - e comparado apenas aos irmãos Marx por seu anarquismo - o Monty Python, já desfeito como grupo, tem uma presença que só agora começa a chegar ao grande público, ao menos no Brasil. Por coincidência, dois filmes em exibição na cidade mostram aspectos diversos dos talentos deste irreverente grupo que, em trabalhos coletivos, até agora, havia sido curtido por pouca gente (ver outro texto nesta mesma página).

Um vigoroso drama sobre mais uma vítima da ditadura: Paulo Stuart

Embora os quatro filmes premiados com Oscars estejam com super-rendas, aumentadas após a festa da quarta-feira da semana passada ("Rain Man", Condor; "Um peixe chamado Wanda", Lido II; "Mississipi em chamas", Plaza; e "Ligações Perigosas", Astor/Cinema I), há tamb´me outras opções e, como sempre nos cinemas da Fucucu, repirses. Interessantes, para quem não as viu quando de seus lançamentos - e, em alguns casos ("A família", de Ettore Scola, no Ritz), merecedoras de revisão.
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