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João de Aquino

Réquiem ao Paiol (adeus boa MPB!)

Confirmado: Curitiba pode ficar fora do roteiro de espetáculos de música popular brasileira. Com exceção de superstars (?) com esquemas milionários, a nossa cidade não tem condições de público para absorver produções voltadas à MPB, com uma proposta cultural e trazendo artistas de expressão - mas que, por diferentes razões, não se encontram nas paradas de sucesso.

Falta total de infra-estrutura

- Em minha vida profissional nunca encontrei um teatro em piores condições de infra-estrutura. A afirmação de Tulio Feliciano, 39 anos, pernambucano de Recife, ex-ator e há uma década o mais requisitado diretor de shows musicais do Rio de Janeiro, traduz bem o estado de abandono, ao qual foi relegado o Teatro do Paiol.

Pixinguinha leva nossos artistas a todo Brasil

Após ter levado seu "Vitrais" aos públicos do Rio de Janeiro, Teresina, São Luís, Belém, Santarém, Rio Branco, Campo Grande e Dourados, Rosy Greca, finalmente, apresenta oficialmente o seu disco em show que estréia nesta quinta-feira (auditório Salvador de Ferrante, 21 horas). Na verdade, o bonito disco de Rosy, produção independente, já vem sendo divulgado há quase dois meses, mas a compositora-intérprete oficialmente reservou um show, realizado com carinho profissional, para mostrar as suas novas músicas.

No campo de batalha

John Edwards Jankowski, 32 anos, americano de San Francisco, apaixonou-se há um ano por uma bela paranaense, Sandra Rasteli, e acabou ficando por Curitiba. Para sobreviver, investiu seus dólares num incrementado ambiente - o John Edward's Bar (Rua Jaime Reis 212), que inaugura hoje a noite. xxx Já existe, no bairro do Capanema, outro bar ao estilo americano - o Old West, com boa freguesia. Inicialmente o John Edward's Bar não terá música ao vivo, mas nos planos de Sandra e John está a apresentação de músicos de jazz. O problema é encontrar bons profissionais! xxx

Antologia francesa na voz de Mireille

A música francesa não tem um mercado regular no Brasil. Raros os intérpretes que têm seus discos aqui editados - e mesmo dos nomes mais famosos - um Yves Montand, um Charles Aznavour ou, no passado, um Maurice Chevalier - são praticamente inéditos no melhor de sua produção.

Wilson, último dos malandros no Paiol

Numa semana de ótimos programas - a estréia de "A História Oficial" de Luiz Puenzo (Oscar 86-melhor filme estrangeiro), no cine Palace Itália; o início da temporada da peça "De Braços Abertos" de Maria Adelaide Amaral (auditório Salvador de Ferrante) - se complementa com um excelente musical: a temporada em homenagem a Wilson Batista no Teatro do Paiol (sexta a domingo, 21 horas).

No campo de batalha

Afinal, após meses de paralisação - e reabrindo agora com shows de rock ou de MPB com grupos amadores locais - o Paiol terá, graças à Funarte, um espetáculo importante: dia 2 de maio, uma noite em homenagem a Wilson Batista (1913-1968), com lançamento do livro de Bruno Ferreira Gomes, do disco e caderno de partituras e mais o show que reúne Joyce e Roberto Silva, com a participação especial dos excelentes violonistas João de Aquino e Maurício Carrilho. Roteiro e direção de Túlio Feliciano. xxx

Hermínio, amor e poesia, 50 anos

Lindolfo Gaya e Stelinha Egg, dois artistas do maior respeito, terão, hoje, uma especial alegria: vão reencontrar um de seus maiores amigos, o poeta, compositor, produtor e animador cultural Hermínio Bello de Carvalho, diretor da Divisão de Música Popular do Instituto Nacional de Música/Funarte. Hermínio está em Curitiba há 3 dias. Veio apenas rever amigos e descansar após sua participação no I Congresso Nacional de Música Popular (5 a 7 de março), em Araxá, no qual foi um dos mais atuantes expositores.

Canto Negro

Sem qualquer discriminação, sempre houve uma definição musical em torno da música negra. Mesmo o liberal Sérgio Porto (o Stanislau Ponte Preta, 1923-1968), insistia em destacar as cantoras negras das brancas, sempre reconhecendo que as criolas eram insuperáveis nas interpretações dos "blues". Na música brasileira, a questão racial não deve ser colocada, embora não se possa negar que, muitas vezes, as "colored" batem facilmente as brancas, se não em quantidade, ao menos em qualidade.
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