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Roberto Gervitz

No campo de batalha

* Mais uma premiação para Denise Stocklos: dia 4, em São Paulo, recebeu o Troféu Lei Sarney, que veio acompanhado de um polpudo cheque de mais de um milhão de cruzados. Ganhou na categoria de teatro, por seu belíssimo trabalho, em mímica, de "Maria Stuart".

Uma semana que lembra Gramado

Na programação extra do circuito comercial, um filme da maior importância: o documentário "Açúcar Negro", do canadense Michel Regnier, 55 minutos, denunciando a situação de escravidão a que são submetidos os negros do Haiti, explorados nos canaviais das multinacionais da República Dominicana. Terá apenas três exibições na Cinemateca (hoje a domingo, 20h30), se constituindo em programação obrigatória por quem se interessa pelo cinema do real.

A Princesa Prometida, uma visão romântica do cinema

Um teste para as novas gerações: haverá ainda interesse por um love story entre heróis, gigantes, vilões, magos, princesas? Desde ontem, "A Princesa Prometida" (Astor, 5 sessões) é a estréia de [...] Alex Adamiu em substituir no cine Itália o excelente "A Família" (87, de Ettore Scola) pela reprise do medíocre "Falcão - O Campeão dos Campeões", "Over The Top, 86, de Menahem Golan), que apesar dos US$ 10 milhões pagos a Sylvester Stallone, foi o maior fracasso de bilheteria.

Um filme de jovens para todas as idades

Talvez a obra mais importante deste ano a nível de Brasil (ao lado de "A dama do Cine Shangai"), chega até nós em dois cinemas (Itália e Cinema I), "Feliz Ano Velho", dirigido por Roberto Gervitz e vencedor de sete kikitos no Festival de Gramado.

Na batalha das rendas, até o filme com Sonia foi um fracasso

Não é só o futebol. O cinema também pode ser adjetivado de caixinha-de-surpresas. Especialmente em termos de bilheteria. Eis um bom exemplo: "Rebelião em Milagre", segundo longa dirigido por Robert Redford, marcando praticamente a estréia de Sônia Braga numa produção americana (afinal, "O Beijo da Mulher Aranha", de Babendo, foi feito em São Paulo e só finalizado nos EUA) vem tendo uma excelente cobertura desde que foi iniciado, há quase dois anos.

Também assim não há público que resista

Quarta-feira, 21, 19h45. Na portaria do edifício-sede da Caixa Econômica Federal (entrada rua José Loureiro), chegam dois casais que haviam programado assistir, no auditório do 15o. andar, a projeção dos 10 vídeos sobre artes plásticas na promoção denominada Rio Arte Vídeo. Apresentada como uma realização conjunta da Secretaria de Estado da Culutra/ Coordenadoria dos Museus/ Caixa Econômica Federal (conjunto cultural), e que havia merecido um sofisticado poster (como, aliás, sempre acontece nos eventos desta pasta) e anunciava o início para aquela ocasião.

Cinemas esvaziados apesar de alguns bons lançamentos

A situação é mais grave do que pode parecer: salas esvaziadas, sessões canceladas, poucas perspectivas de reação por parte do público. O ingresso já beirando os Cz$ 600,00 (preço da entrada do Cine Condor, a partir de ontem), o espectador em fuga, cada vez mais seleivo em sua programação. Além do custo do ingresso, a falta de motivação promocional da maioria dos programas - mesmo de filmes importantes - e o comodismo da televisão e do vídeo (cada vez maior o número de locadoras, explorando o mercado) contribuem para que dificilmente um filme resista mais do que uma semana em cartaz.

Política e repressão

Desde 1981, quando houve o escândalo de "Pra Frente, Brasil", de Roberto Farias (melhor filme e montagem) - que sacudiu a "abertura", provocou a demissão do diplomata Celso Amorim da presidência da Embrafilme e acabou sendo proibido por quase um ano, a política não era uma tônica tão forte nos filmes em competição, nas diferentes bitolas, neste festival.
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