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Roberto Gervitz

Uma chance de conhecer o novo cinema soviético

Poucas estréias mas, em compensação, mais um festival de filmes inéditos, vindos para exibições especiais. Desta vez "O cinema soviético dos anos 80", oportunidade para se conhecer o recente cinema da URSS, que começa a ter repercussão internacional - graças, especialmente, a política de abertura da era Grotchev e liberação de obras censuradas ao mesmo tempo que se possibilita aos realizadores maior liberdade de criação.

A Princesa Prometida, uma visão romântica do cinema

Um teste para as novas gerações: haverá ainda interesse por um love story entre heróis, gigantes, vilões, magos, princesas? Desde ontem, "A Princesa Prometida" (Astor, 5 sessões) é a estréia de [...] Alex Adamiu em substituir no cine Itália o excelente "A Família" (87, de Ettore Scola) pela reprise do medíocre "Falcão - O Campeão dos Campeões", "Over The Top, 86, de Menahem Golan), que apesar dos US$ 10 milhões pagos a Sylvester Stallone, foi o maior fracasso de bilheteria.

Um filme de jovens para todas as idades

Talvez a obra mais importante deste ano a nível de Brasil (ao lado de "A dama do Cine Shangai"), chega até nós em dois cinemas (Itália e Cinema I), "Feliz Ano Velho", dirigido por Roberto Gervitz e vencedor de sete kikitos no Festival de Gramado.

Na batalha das rendas, até o filme com Sonia foi um fracasso

Não é só o futebol. O cinema também pode ser adjetivado de caixinha-de-surpresas. Especialmente em termos de bilheteria. Eis um bom exemplo: "Rebelião em Milagre", segundo longa dirigido por Robert Redford, marcando praticamente a estréia de Sônia Braga numa produção americana (afinal, "O Beijo da Mulher Aranha", de Babendo, foi feito em São Paulo e só finalizado nos EUA) vem tendo uma excelente cobertura desde que foi iniciado, há quase dois anos.

Também assim não há público que resista

Quarta-feira, 21, 19h45. Na portaria do edifício-sede da Caixa Econômica Federal (entrada rua José Loureiro), chegam dois casais que haviam programado assistir, no auditório do 15o. andar, a projeção dos 10 vídeos sobre artes plásticas na promoção denominada Rio Arte Vídeo. Apresentada como uma realização conjunta da Secretaria de Estado da Culutra/ Coordenadoria dos Museus/ Caixa Econômica Federal (conjunto cultural), e que havia merecido um sofisticado poster (como, aliás, sempre acontece nos eventos desta pasta) e anunciava o início para aquela ocasião.

Cinemas esvaziados apesar de alguns bons lançamentos

A situação é mais grave do que pode parecer: salas esvaziadas, sessões canceladas, poucas perspectivas de reação por parte do público. O ingresso já beirando os Cz$ 600,00 (preço da entrada do Cine Condor, a partir de ontem), o espectador em fuga, cada vez mais seleivo em sua programação. Além do custo do ingresso, a falta de motivação promocional da maioria dos programas - mesmo de filmes importantes - e o comodismo da televisão e do vídeo (cada vez maior o número de locadoras, explorando o mercado) contribuem para que dificilmente um filme resista mais do que uma semana em cartaz.

Uma semana que lembra Gramado

Na programação extra do circuito comercial, um filme da maior importância: o documentário "Açúcar Negro", do canadense Michel Regnier, 55 minutos, denunciando a situação de escravidão a que são submetidos os negros do Haiti, explorados nos canaviais das multinacionais da República Dominicana. Terá apenas três exibições na Cinemateca (hoje a domingo, 20h30), se constituindo em programação obrigatória por quem se interessa pelo cinema do real.

Crise de público não tira o otimismo do nosso cinema

Mesmo que exista uma crise real em termos de espectadores do cinema brasileiro - e da própria política da Embrafilme - não há, ao menos aparentemente, pessimismo. Ao contrário do ano passado, quando o então presidente da Embrafilme só se limitou a vir no terceiro dia do festival, aqui permanecendo menos de 12 horas (afinal, um estranho no ninho, sentiu mesmo que não havia clima para a sua detestada presença). Este ano, Roberto Farias e Afonso Beatto foram os primeiros a chegar.
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