Login do usuário

Aramis
Conteúdo sindicalizado RSS Cinemas de Curitiba

Cinemas de Curitiba

Crianças endiabradas, um marketing cinematográfico

É interessante observar o modismo cinematográfico. Cada vez mais o marketing decide os gêneros, estilos e tendências da produção audiovisual americana - que hoje não se restringe apenas à tela tradicional, incluindo o vídeo e o vídeo-disco, além das televisões a cabo e circuitos especiais. Neste final de ano, a disputa pelas melhores bilheterias não se concentra em torno de novas aventuras de Indiana Jones ou Super-heróis retirados das tiras de quadrinhos, mas sim com personagens (aparentemente) ingênuos e ternos: as crianças.

Semana de poucas estréias

Nesta terceira semana do ano as estréias ainda são raras. Afinal, os exibidores não querem desperdiçar os bons títulos em época de férias e muita gente (ainda) viajando. O lançamento mais importante é "Coração Selvagem" de David Byrne (Ritz, 5 sessões), premiado em Cannes no ano passado - e aqui registrado por Tiomkin, da equipe que passa a escrever sobre cinema em "O Estado". Uma comédia com muita ação estreou na semana passada no Condor e permanece em cartaz: "Alta Tensão" (Bird on a Wire), de John Badham ("Os Embalos de Sábado à Noite").

Um belo filme dinamarquês é a melhor estréia da semana

Mais uma semana de mínimas estréias. Em compensação, chega (Cine Luz, 5 sessões) um candidato (já) para a listagem dos 10 melhores do ano e que tem chances de conquistar o público: o surpreendente "Dançando pela Vida" (Waltizing Ragtime), nova mostra do talentoso cinema escandinavo. Indicado ao Oscar no ano passado como melhor filme estrangeiro (perdeu, naturalmente, para "Cinema Paradiso") esta fita de Kaspar Rostrup teve um lançamento obscuro no Brasil.

Um sucesso romântico com amor e fantasmas

O fato de ter superado nos Estados Unidos a bilheteria de "Uma Linda Mulher" (que continua em cartaz no Cinema I), fez com que a UPI depositasse muitas pretensões em "Ghost: do Outro Lado da Vida" (Cines Condor e Lido I), como o novo campeão de bilheteria.

Um quase musical com sabor de milk-shake

Há filmes que reúnem elementos de agrado para o público que faz com que se lamente o momento em que ele acabe. "Susie os Baker Boys" (Lido II, 5 sessões, hoje último dia em exibição) é um exemplo deste cinema que consegue ser popular, inteligente, agradável e chegar a várias faixas de público razoavelmente informado.

"Cozinheiro" premiado é fritado no Lido I

Não é só a Fucucu que tem uma programação discutível, pela falta de critérios e, principalmente, melhor visão cultural do responsável pela escolha dos filmes marcados para os 4 cinemas comerciais explorados pela instituição - desprezando obras inéditas, insistindo em reprises e sem dar melhor atendimento às salas de exibição.

Um banquete visual a finos paladares

"O meu filme é um melodrama, uma love story. Extravagante". (Peter Greenaway, agosto de 1989, após a primeira exibição de "O Cozinheiro, o Ladrão, sua Esposa e o Amante").

Criança, o melhor marketing visual

"Cinema, a melhor diversão para a família!" O que? Numa época em que as mais violentas imagens chegam as telas e o sexo explícito deixou de ser novidade, alguém pode ainda acreditar no cinema (assim como, de certa forma, na televisão) como lazer familiar?

Columbia desperdiça três bons filmes do ano em festival secreto

Baseados em fatos reais - o assassinato do Padre Popieluszko, em 17 de outubro de 1984, devido a violenta repressão ao movimento do Sindicato Solidariedade, torna "Complô conta a liberdade, da cineasta polonesa Agnieszka Holland, exilada na França, daqueles filmes-documentos de visão obrigatória. Afinal, até agora, pouquíssimos filmes abordando as lutas sociais-trabalhistas na Polônia na primeira metade dos anos 80 foram realizados - e com exceção de "O homem de mármore"(1976) e, especialmente "O homem de ferro" (1981), de Andrzej Wajda, nenhum deles chegou ao Brasil.

As magnólias em flor no campo da amizade

Discípulo do crítico Andrew Sarris, do The Village Voice, bíblia semanal da população do Greenvich Village em Nova York, o curitibano Lelio Sottomaior Júnior, em seus telegráficos e objetivos textos cinematográficos gosta de fazer classificações originais para filmes & cineastas. Por certo, se fosse escrever sobre "Flores de Ação" (cine Lido II, 4 sessões, até amanhã), o classificaria como "um filme feminino" - assim como a superprodução que o antecipou na mesma sala, "A Caçada ao Outubro Vermelho" é um exemplo do chamado filme masculino.
© 1996-2016. tabloide digital - 35 anos de jornalismo sob a ótica de Aramis Millarch - Todos os direitos reservados.
Desenvolvido por Altermedia.com.br