Ainda o Festival
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 12 de maio de 1978
Seja qual for a decisão que chegue o secretário da Educação e Cultura, com relação aos rumos que deve ter o próximo Festival de Música de Curitiba/Curso Internacional de Música - se uma promoção aberta às diversas tendências, integrando a comunidade numa série de eventos de grande participação popular, ou se voltada a um elitista critério didático, como foram muitas das realizações anteriores, o certo é que o 11o Festival (se for realizado) não terá mais a polêmica presença do maestro Roberto Schnorenberg. No sábado passado, após quase 5 horas de inflamados debates na Diretoria de Assuntos Culturais, o maestro Schonorenberg, afirmou que gostaria muito, por uma razão sentimental, de ser o diretor-geral do Festival, já que assim completaria um círculo. E acrescentou:
- Mas será o último. A partir do 11o , jamais aceitarei voltar a dirigi-lo.
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Uma das propostas que irritaram o maestro foi a de dividir a direção do curso e do festival, submetendo-os a um órgão colegiado. O maestro, bem como a diretoria da Pró-Música, não aceita esta idéia, que poderia representar um ponto de equilíbrio entre as duas tendências que dividem a promoção.
Outra coisa certa: o próximo Curso/Festival não terá músicos e professores dos países socialistas. Devido a falta de tempo, não haveria tempo hábil para conseguir autorizações do Ministério das Relações Exteriores, para a contratação de virtuoses das repúblicas ditas populares.
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