Bacharach, Cabral & Martins
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 22 de fevereiro de 1978
São poucas as chances do pianista e compositor David Bacharach e sua orquestra viram a Curitiba, no mês de abril, quando estará fazendo uma excursão pela América do Sul. Embora o consagrado compositor, autor de mais de 50 grandes sucessos nos últimos 15 anos, ter, inicialmente previsto uma única apresentação no auditório Bento Munhoz da Rocha Neto, o alto custo da produção talvez torne inviável o concerto. Como, ao contrário de Ray Conniff, o autor de "Raindrops Keep Fallin'On My Head" virá com a orquestra completa dos Eua e não admite fazer dois concertos numa única noite, sua apresentação em Curitiba ficará por mais de Cr$ 500 mil. E para levantar essa bilheteria somente com lotação completa do grande auditório, a Cr$ 250,00 o ingresso. De qualquer forma, a resposta definitiva será dada na próxima semana.
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Quem estará na cidade, no próximo dia 6, será um dos mais veteranos atores do teatro e televisão brasileiras, Sady Cabral, 72 anos. A convite do coordenador do Curso permanente de Teatro da FTG, Ênio Gonçalves, vem proferir a aula inaugural do curso, que este ano terá meia centena de alunos matriculados no primeiro ano. Além de uma longa carreira no teatro, iniciada há mais de 50 anos, Sady é também letrista inspirado, parceiro, por exemplo de Custódio Mesquita (1909-1945) em músicas como "Velho Realejo" e "Mulher."
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Hoje, praticamente abrindo a temporada teatral de 78, um grupo amador faz uma promissora estréia: "A Grande Máquina" de Roberto Martins (Guairinha, 21 horas). Físico e professor de filosofia da Universidade Federal do Paraná, homem preocupado com o teatro como veículo transmissor de idéias, Martins escreveu, dirigiu e interpreta um dos papéis centrais desta peça de ambiciosas proposições e indagações filosófico-sociais, que merece ser verificada.
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