Chumbo n'água
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 04 de julho de 1976
Uma investigação científica da professora Ivete Zanello Jakobi, do curso de engenharia química da UFP, que passou um tanto despercebida, motivou longa nota do jornalista Jurandyr Gomes da Silva, em sua coluna "Ponto Crítico" no jornal "Diário de São Paulo" (1º/7/76, 4ª página). Sobre o título "Chumbo na água", Gomes da Silva escreveu que "Daqui para a frente as senhoras leitoras desta seção não precisam preocupar-se muito com os números que lerem em sua balança particular ou na farmácia, quando subirem nelas, para verificar se sua forma está em dia. Acontece que o "pequeno" aumento de peso poderá estar sendo causado pelo chumbo contido na água que estão bebendo, o que poderá levar ao ponto crítico sua elegância. Bem, até agora brincamos mas a situação está seria, pois lá no Paraná a professora Ivete Zanello Jakobi descobriu vários mananciais de água em São Paulo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, estão contaminados por chumbo tetraetila, substância antidedidetonante empregada na gasolina. O produto infiltra-se através das camadas arenosas da água dos rios e lagos. Não estamos apontando nenhum culpado, pois o caso é praticamente inédito mas que muita atenção deve ser prestada ao fato, isto lá deve".
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A propósito desta forma de poluição - a subterrânea a Secretaria de Interior já possui alguns relatórios - que mostra, com números e amplos dados, o comprometimento do das águas subterrâneas em vários locais do Estado. Mais um progresso do homem na destruição não apenas do meio ambiente mas até na terra sobre a qual (ainda) sobrevive.
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